Tribuna Ribeirão
Política

Câmara votará contas de Nogueira no dia 14

ALEXANDRE DE AZEVEDO/CCS

A Câmara de Vereadores vai votar, em sessão extraordi­nária online marcada para da próxima terça-feira, 14 de ju­lho, as contas do prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB) referentes a 2017, primeiro ano de seu mandato. O Legislativo deve referendar a decisão da Comissão Permanente de Fi­nanças, Orçamento, Fiscaliza­ção, Controle e Tributária, que na semana passada emitiu pa­recer favorável aos balancetes.

Assinam o relatório a presi­dente da comissão, Glaucia Be­renice (DEM), o relator Nelson Stefanelli, o “Nelson das Pla­cas” (PDT), o vice-presidente Marcos Papa (Cidadania) e os demais integrantes Luciano Mega (PDT) e Fabiano Gui­marães (DEM). Em setembro do ano passado, a 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Es­tado de São Paulo (TCESP) deu parecer favorável com “se­veras ressalvas” à prestação de contas do prefeito Duarte No­gueira referente a 2017.

Durante a votação, o TCESP analisou o laudo do re­lator Samy Wurman. A votação contou ainda com a participa­ção dos conselheiros Márcio Martins de Camargo e Cris­tiana de Castro Moraes, pre­sidente em exercício do tri­bunal na época. No relatório, o tribunal alerta a prefeitura e o prefeito que a repetição sistemática de falhas poderá levar à rejeição de suas futu­ras contas municipais. O do­cumento deu entrada formal na Câmara de Ribeirão Preto em 4 de fevereiro.

Entre os apontamentos que o relatório faz estão, por exem­plo, a insuficiência de caixa do município para fazer frente às obrigações de curto prazo. Isto porque, na época, o Índice de Liquidez Imediata da prefeitu­ra era de R$ 0,63. Ou seja, para cada R$ 1 de dívida havia, no período auditado, disponível em caixa apenas R$ 0,63.

Também afirmou que ape­sar da redução do déficit fi­nanceiro, a cidade apresentava problemas relacionados à falta de investimentos e à manu­tenção das vias públicas e dos próprios municipais. Outro tópico negativo foi a baixa taxa de investimento do município: 1,54% da Receita Líquida Cor­rente (RLC), 4,74% inferior à média de todas as cidades do interior paulista.

Apesar dos apontamentos negativos, a análise da ges­tão fiscal indica que a admi­nistração municipal buscou reequilíbrio entre despesas e receitas, alcançando melhores indicadores em comparação aos exercícios anteriores.

O prefeito protocolou, em 3 de março, o relatório de 87 pá­ginas em que defende a apro­vação das contas de sua ad­ministração. A aprovação dos balanços de Duarte Nogueira, mesmo com ressalvas, foi a primeira decisão favorável de­pois de cinco anos.

O TCESP e a Câmara já haviam rejeitado cinco das oito prestações de contas dos dois mandatos (2009-2016) da ex-prefeita Dárcy Vera. Foram reprovados os balan­cetes de 2010, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016. Apenas os balanços de 2009 e 2011 foram aprovados. O de 2016 está em análise no Legislativo.

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