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Câmara vota corte de vereadores no dia 3

DRONE JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

A Câmara de Ribeirão Preto vai votar, na próxima terça-feira, 3 de setembro, em primeira discussão, a propos­ta de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que re­duz o número de vereadores de 27 para 23 a partir da pró­xima legislatura (2021-2024). A sessão extraordinária está agendada para as 16 horas. Para ser aprovada, vai preci­sar de maioria qualificada de votos. Ou seja, 18 dos 27 vo­tos possíveis.

O autor do projeto, Marco Antonio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede), pretendia levar a pro­posta à votação nesta quinta­-feira (29), mas nesta data, antes da sessão ordinária, será feita a defesa, por um advogado da­tivo, das contas de 2015 da ex­-prefeita Dárcy Vera (sem par­tido). Depois haverá solenidade no plenário em homenagem ao Dia do Voluntariado. Ele pesquisou uma lista de cidades brasileiras com população entre 500 mil e um milhão de habi­tantes e calculou a média do nú­mero de parlamentares.

O resultado foi que cada legislador representa cerca de 28.291 pessoas. “Conse­quentemente, nossa cidade comportaria 24,62 vereado­res. Minha proposta reduz de 27 para 23 cadeiras, número que não comprometeria a representatividade por estar próximo à media e, sendo um número ímpar, propor­cionamos também ao presi­dente da Câmara a condição do desempate numa votação”, argumenta.

Por ter conseguido a ade­são de nove parlamentares, o projeto de “Boni” já está na Co­missão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) aguardando parecer, que segundo o presi­dente Issac Antunes (PR) será favorável e irá ao plenário no dia 3 de setembro. Outra pro­posta em trâmite na Casa de Leis é de autoria do presidente da Câmara, Lincoln Fernandes (PDT), e do presidente da CCJ, Isaac Antunes (PR). Estabelece o corte de sete vagas de verea­dores, reduzindo o total de 27 para 20 parlamentares.

O projeto não foi lido em plenário porque, até o mo­mento, recebeu as assinaturas de apenas três edis. Além dos autores, apenas Jean Corauci (PDT) aderiu. A Câmara tem até 4 de outubro para aprovar projetos que alterem o núme­ro de cadeiras para a próxima legislatura porque a legislação eleitoral estabelece que as mu­danças tenham obrigatoria­mente de ser feitas até um ano antes das próximas eleições. O pleito que vai eleger os próxi­mos prefeitos e vereadores no país está marcado para 4 de ou­tubro de 2020.

Caso nenhuma proposta de emenda À LOM seja vota­da e aprovada até lá, valerá a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – em fevereiro do ano passado definiu que a Câmara de Ribeirão Preto po­deria ter 22 vereadores a par­tir da próxima legislatura. São cinco a menos do que os atu­ais 27 parlamentares. Os mi­nistros da Corte Suprema já haviam declarado, em 2017, a constitucionalidade da emen­da à LOM que determinava o corte, mas faltava a modula­ção – se a regra valeria já nes­ta legislatura (2017-2020) ou para a próxima, que começa em 2021 e vai até 2024.

Mauricio Vila Abranches (PTB), autor da proposta de emenda à LOM que previa a manutenção de 27 vereadores em Ribeirão Preto a partir da próxima legislatura, retirou o projeto em 15 de agosto. Os de­mais oito vereadores que ade­riram à proposta também assi­naram o documento – Adauto Honorato, o “Marmita” (PR), André Trindade (DEM), João Batista (PP), Nelson Stefanelli, o “Nelson das Placas” (PDT), Otoniel Lima (PRB), Ariovaldo de Souza, o “Dadinho” (PTB, suplente de Waldyr Villela, do PSD, que assumiu o cargo), Jorge Parada (PT) e Paulinho Pereira (PPS).

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