Tribuna Ribeirão
Política

Câmara terá CEE do Instituto Federal

A Câmara de Vereadores terá uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para acom­panhar as tratativas sobre a possível instalação de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno­logia de São Paulo (IFSP) em Ribeirão Preto. Proposta por Alessandro Maraca (MDB), será composta também por Maurício Gasparini (União Brasil) e Renato Zucoloto (PP) e deve ser instalada na próxi­ma semana, após o carnaval. O requerimento que propôs a CEE foi aprovado na sessão de quinta-feira, 16 de fevereiro.

De acordo com o requeri­mento, a prefeitura de Ribeirão Preto já tentou, por pelo menos duas vezes, a cessão de terreno público para a construção do instituto na cidade e, conside­rando que após várias tentativas e notificações não houve êxito, a criação da comissão ajudará nas discussões e encaminhamentos para viabilizar a instalação.

Na terça-feira (14), Alessan­dro Maraca disse ao Tribuna que os diretores da Universi­dade Metodista de Piracicaba (Unimep), proprietária do imó­vel do Colégio Metodista de Ri­beirão Preto, visitarão a cidade no dia 27 de fevereiro, segunda­-feira pós-carnaval.

A visita tem como foco a apresentação, às autoridades do município, das condições do imóvel e envolve con­versas sobre a possibilidade de aquisição do prédio pela prefeitura. Segundo Maraca, o prefeito Duarte Noguei­ra (PSDB) será convidado a participar da visita ao espaço.

A ideia é instalar no local uma unidade do Instituto Fe­deral de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. No dia 9 de fevereiro, o reitor do IFSP, Silmário Batista dos Santos, esteve no Centro Ad­ministrativo Prefeito José de Magalhães, sede da prefeitura de Ribeirão Preto.

Ele discutiu o assunto com Nogueira e Maraca. Também participaram da reunião Paulo Sérgio Calefi, diretor geral do campus do IFSP em Sertão­zinho; Thiago Bernardo Ca­vassani e Ricardo Jimenez, de Catanduva; o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP); e o secretário da Casa Civil, Ales­sandro Hirata.

Segundo Duarte Noguei­ra, a prefeitura está aberta para oferecer a contrapartida que é disponibilizar o local para im­plantação da unidade do IFSP. “É uma importante ferramenta para qualificação de mão-de-o­bra e consequentemente geração de emprego e renda”, disse.

De acordo com Maraca o Instituto Federal não tem recursos para construir uma unidade na cidade, mas pode­ria implantar um polo desde que já tivesse um local disponí­vel e pronto, como é o caso do imóvel do antigo Colégio Me­todista. Neste caso, o IFSP in­vestiria na estrutura humana e na manutenção do novo polo.

Durante a reunião com o reitor do Instituto Federal, Duarte Nogueira se dispôs a ir a Brasília para dar continuida­de nas tratativas. A vereadora Duda Hidalgo (PT) e deputa­do federal Ricardo Silva (PSD) também estão empenhados no caso e já se reuniram com o ministro das Relações Institu­cionais, Alexandre Padilha.

Uma das mais tradicionais escolas da cidade, o Colégio Me­todista encerrou suas atividades no começo do ano passado. O anúncio ocorreu em 21 de janei­ro de 2022. A escola de 123 anos foi fundada por Leonora Smith no final do século XIX, em 1899. A sede da histórica instituição fica na rua Florêncio de Abreu nº 714, no Centro de Ribeirão Pre­to, onde atendia havia 108 anos, desde 1914.

O fechamento ocorreu por problemas financeiros da enti­dade, duramente afetada pela pandemia de coronavírus, de acordo com informações da Rede Metodista, mantenedora da escola. A crise começou em 2015 e teve início com a mudan­ça nas regras do Fundo de Fi­nanciamento Estudantil (Fies), mas foi agravada com a pande­mia de coronavírus.

Em 29 de novembro, a prefei­tura revogou a lei complementar nº 2.629, de 9 de dezembro de 2013, que autorizou a cessão de direito real de uso da área onde fica a Escola Municipal de En­sino Profissional Básico Doutor Celso Charuri, no Planalto Ver­de, na Zona Oeste, para o IFSP. A revogação foi aprovada pela Câmara de Vereadores no dia 17 de novembro. A escola é ligada à rede municipal de ensino.

Pela lei de 2013, com a concessão o instituto instalaria uma escola profissionalizante ou abriria salas de aula no atual prédio. A cessão seria pelo pra­zo de 60 anos e as obras teriam que ser iniciadas em no máxi­mo três anos após a sanção da lei. Em 17 de abril de 2018, em resposta a ofício da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, a reitoria do Instituto Federal de Educação desistiu do campus.

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