O Tribuna teve acesso – com exclusividade – a um dos gabinetes do novo prédio da Câmara de Vereadores, que será oficialmente inaugurado neste mês. O nome da futura sede do Legislativo municipal ainda não foi definido – o antigo leva o nome do jornalista Antônio Machado Sant’Anna (1906-1981). O escritório visitado pela reportagem já está mobiliado.
Nesta quarta-feira, 14 de agosto, a equipe do jornal visitou o primeiro gabinete do prédio, o de número 5, já com todos os móveis instalados. Com três salas, recepção, sala de assessores, gabinete do vereador e dois banheiros, um deles privativo do parlamentar, têm modernos móveis e bancadas MDF – carvalho-munique-design. Também possui vários armários e modernas cadeiras em couro.
A previsão é que até o final da próxima semana todos os gabinetes estejam aptos a receber os 27 parlamentares e, de acordo com a Mesa Diretora do Legislativo, a entrega oficial acontecerá antes do final do mês. Não haverá sorteio e os vereadores ocuparão os escritórios correspondentes a numeração dos atuais. Significa que o fotografado pelo Tribuna pertencerá a Otoniel Lima (PRB).
De acordo com a Coordenadoria Administrativa da Câmara, o mobiliário teve investimento total de R$ 726 mil, economia de R$ 674 mil ou de 48,1%. A estimativa inicial era de R$ 1,4 milhão. O processo licitatório foi dividido em lotes como o de sofás, cadeiras e banquetas, mesas, armários e os balcões e estantes.
Ao ocupar o novo espaço, o parlamentar assinará um termo de recebimento e quando terminar o mandato e desocupá-lo se responsabilizará por eventual dano causado ao gabinete. A decoração e a instalação de equipamentos como frigobar não será feita pela Câmara e ficará a cargo de cada vereador.
A história do anexo da Câmara Municipal teve início há quatro anos, na legislatura passada. Idealizado em 2015 na gestão do então vereador e presidente Walter Gomes (PTB), o anexo foi projetado com capacidade para abrigar os gabinetes dos 27 vereadores da atual legislatura (2017-2020). O prazo para entrega era agosto de 2016, mas não foi cumprido pela Cedro Construtora, vencedora da licitação – alegou que os recursos definidos pela licitação não eram suficientes para o término da construção.
Em outubro de 2018, o então presidente da Câmara, Igor Oliveira (MDB), assinou um aditivo no valor de R$ 1,7 milhão para a empresa retomar o projeto, que já tinha custado R$ 6,4 milhões dos R$ 6,8 milhões previstos inicialmente. No final, a obra custou ao município R$ 8.572.040,97. A decisão pelo aditivo, segundo a então Mesa Diretora, foi necessária porque se fosse feita nova licitação o custo final seria maior.