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Câmara instaura CPI do Descarte Irregular  

Terreno já estava limpo na manhã de ontem (Foto - Divulgação)
Moradora Silvana Trevizani filmou o caminhão descarregando material na área pública às 8h30 de terça-feira, rua Japurá, ao lado da antiga linha férrea (Reprodução/Silvana Trevizani)

A denúncia de que funcionários da empresa responsável pela coleta seletiva de lixo e dos serviços de recolhimento, gerenciamento e destinação de resíduos sólidos em Ribeirão Preto depositaram materiais coletados em uma área pública no bairro Ipiranga, na Zona Norte da cidade, motivou o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. 
 
Segundo vídeo feito pela moradora do bairro Silvana Trevizani, às 8h30 de terça-feira, 3 de dezembro, um caminhão da Estre Spi Ambiental entrou de ré na rua Japurá, na altura do número 1.481. Funcionários da empresa despejaram vários objetos que estavam na caçamba do veículo em um terreno baldio que fica nos fundos de uma empresa de bebidas.  
 
O local já é conhecido pelo descarte irregular de lixo, tanto que na semana passada a prefeitura havia feito uma limpeza na área. No sábado, dia 30 de novembro, havia uma caçamba da empresa do outro lado da área, no final da avenida Dom Pedro I, na antiga linha férrea. Na manhã desta quarta-feira (4) o local já estava completamente limpo.  
 
A acusação contra os funcionários da empresa fez o presidente da Câmara, Isaac Antunes (PL), protocolar pedido de abertura de uma CPI. O requerimento recebeu oito assinaturas, foi lido na sessão de terça-feira e a comissão foi constituída. A próxima etapa será a escolha dos membros, que deverá ocorrer inda esta semana. 
 
Outro documento solicitando informações junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura, responsável pelo contrato com a Estre Spi Ambiental, foi protocolado. A Câmara quer o itinerário de todos os caminhões da empresa nos últimos 30 dias. A empresa foi procurada pela reportagem, mas não havia se manifestado até o fechamento desta edição.   
 
Após mais de um ano suspensa, a coleta seletiva porta a porta voltou a ser feita em 1º de julho, ampliada para 100% do município, atingindo todos os bairros das cinco regiões da cidade – Central, Norte, Sul, Leste e Oeste –, segundo a prefeitura de Ribeirão Preto.  
 
Segundo dados disponibilizados no portal oficial do município, a cidade foi dividida em 71 setores que terão os recicláveis recolhidos uma vez por semana, de segunda-feira a sábado, nos períodos da manhã, tarde e noite. Todos os dias, em Ribeirão Preto, são gerados cerca de 650 toneladas de resíduos sólidos urbanos.  
 
Parcela relevante desses resíduos é de recicláveis, ou seja, resíduos que podem ser separados e transformados em novos produtos, diminuindo a retirada de matéria prima da natureza e possibilitando o fortalecimento de uma economia circular. 
 
O lixo orgânico da cidade é levado para uma área de transbordo na Rodovia Mário Donegá (SP-291) e depois para o aterro sanitário, em Guatapará. A prefeitura argumenta que a correta separação de plásticos, metal, vidro e papel é importante para garantir que os resíduos possam ser reciclados.  
 
Para verificar o dia e o período em que a coleta será feita em seu bairro basta acessar o endereço www.ribeiraopreto.sp.gov.br e clicar no link “Coleta Seletiva”, disponibilizado  na parte superior do site. Até 28 de fevereiro do ano passado, a coleta seletiva era realizada em 144 bairros de Ribeirão Preto pela Carvalho Multisserviços Eireli, mas foi suspenso porque a empresa não quis renovar o contrato por mais doze meses, como era permitido.  
 
O valor desembolsado pela prefeitura era de R$ 1.100.000. No novo edital, o valor da coleta seletiva era estimado em R$ 3.919.896 por doze meses. Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, os recicláveis são destinados à Cooperativa de Reciclagem, que faz a triagem, processamento e comercialização dos materiais.  
 
Depois que a prefeitura de Ribeirão Preto desclassificou o Consórcio SA Ambiental, vencedor da licitação para coleta, gerenciamento e destinação de resíduos sólidos na cidade com o valor de R$ 79.998.863,04 por um contrato de doze meses, a Estre Spi Ambiental S/A assumiu o serviços pelo mesmo período, no valor global de R$ 86.990.634,24. 
 

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