O atual presidente da Câmara de Ribeirão Preto, Alessandro Maraca (MDB), vai continuar no cargo em 2022. Ele foi reeleito nesta terça-feira, 30 de novembro, por 19 votos a favor e três abstenções. Deixaram de votar os oposicionistas Ramon Faustino (PSOL, Coletivo Ramon Todas as Vozes), Duda Hidalgo (PT) e Judeti Zilli (PT, Coletivo Popular).
Quatro dos cinco vereadores da atual Mesa Diretora vão permanecer na diretoria política do Legislativo. O grupo majoritário, o popular “Grupo dos 18 (G-18)”, definiu que haverá apenas uma mudança. Bertinho Scandiuzzi (PSDB), atual primeiro vice-presidente, deixa o cargo para a entrada de Jean Corauci (PSB).
Além de Maraca na presidência, Gláucia Berenice (DEM) seguirá como segunda vice-presidente, Matheus Moreno (MDB) será o primeiro-secretário em 2022 e José Donizeti Ferro, o “Franco Ferro” (PRTB), permanece como segundo-secretário. A entrada de Jean Corauci é estratégica.
Faz parte de um plano para que o grupo majoritário possa honrar parte do compromisso fechado nas eleições da Mesa Diretora deste ano, quando tinha 18 vereadores. O acordo previa que Maraca seria o presidente em 2021 e Jean Corauci e Renato Zucoloto (PP) fossem eleitos para o cargo em 2022 e 2023, respectivamente.
A composição de cada uma das 15 comissões permanentes e do Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto será definida na primeira sessão do ano que vem, em 1º de fevereiro. O Tribuna apurou que pelos acordos que estão sendo fechados também haverá poucas mudanças nos principais colegiados.
As comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), da Educação e a de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tributária deverão permanecer com os atuais integrantes – hoje são presididas por Isaac Antunes (PL), Gláucia Berenice (DEM) e Renato Zucoloto (PP), respectivamente –, havendo apenas mudanças pontuais.
No final do ano passado, os vereadores da legislatura anterior (2017-2020) reduziram o total de comissões de 22 para 15. No ano passado, Maraca foi eleito escorado pelo “Grupo dos Doze (G-12)”, composto por parlamentares reeleitos e novatos. Obteve 18 dos 22 votos e derrotou Duda Hidalgo (PT) – exerce seu primeiro mandato –, que recebeu quatro votos. O emedebista tem 46 anos e foi reeleito vereador em outubro do ano passado com 2.887 votos.
Na atual legislatura (2021- 2024) a Câmara passou a ter 22 parlamentares, e não mais 27. Catorze foram reeleitos e oito são novatos. O Legislativo tem em sua composição quatro novos partidos. Partido Novo, PRTB, Psol e Republicanos conseguiram eleger um parlamentar cada. Outra novidade é a presença feminina.
Desde a legislatura de 2005-2008, quando o Legislativo contava com Silvana Resende (PSDB), Dárcy Vera (PFL) e Fátima Rosa (PT), Ribeirão Preto não contava com três vereadoras. Em 2021, conta com Gláucia Berenice, Duda Hidalgo e Judeti Zilli.
Com a entrada das novas legendas, o Legislativo de Ribeirão Preto, que tinha doze partidos em 2020, aumentou este número para 14. Se a fusão do DEM com o PSL for aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizando a criação do União Brasil, e caso Gláucia Berenice e Paulo Modas sigam na nova agremiação, serão 13 siglas no Legislativo ribeirão-pretano.
Pros e o Podemos, que tinham um vereador cada, não participam mais de forma direta das discussões e votações no Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo. Outra mudança provocada pelas urnas diz respeito à perda de representatividade de cinco legendas no atual mandato.
PSBD, PDT, MDB, Progressistas e DEM tiveram as bancadas reduzidas porque também não conseguiram reeleger parte de seus vereadores.
Três legendas – PSL, Cidadania e PL – mantiveram suas bancadas e apenas duas, o PT e o PSB, conseguiram aumentá-las. O primeiro elevou o número de cadeiras na Câmara de uma para duas e o segundo, de duas para três.