A Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei do Executivo que autoriza, em Ribeirão Preto, o reúso direto de água não potável oriunda do tratamento do esgoto coletado em toda a cidade e que chega às estações de tratamento. Poderá ser utilizada em serviços específicos, como limpeza de vias, irrigação de áreas verdes, manutenção em galerias de águas pluviais e de esgoto e construção civil.
A prefeitura de Ribeirão Preto afirma que a utilização da água de reúso visa ajudar na sustentabilidade ambiental e na preservação da água potável oriunda do Aquífero Guarani. “Trata-se de medida que visa o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos, possibilitando o reaproveitamento da água, com a consequente racionalização e conversação desse importante recurso natural”, diz parte da justificativa do projeto.
Ribeirão Preto capta toda a água que consome do aquífero. Na proposta o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) também ressalta a atuação dos vereadores André Rodini (Novo) e Paulo Modas (União Brasil) que apresentaram projeto sobre o assunto. A proposta deles foi aprovada pela Câmara no começo do ano, mas foi vetada pelo Executivo sob argumento de vício de iniciativa.
A Secretaria Municipal de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Saerp) informou ao Tribuna que a água de reúso é produzida em Ribeirão na GS Inima Ambient, que recebeu recentemente o licenciamento para estar oferecendo esse efluente. Afirma ainda, que caberá a órgãos municipais e estaduais, como expresso na lei, a liberação e fiscalização do novo sistema. O projeto segue agora para sanção do prefeito.