Às vésperas do GP do Brasil de Fórmula 1, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira, 8, em primeira votação, o projeto de lei que autoriza a gestão do prefeito João Doria (PSDB) a privatizar o autódromo de Interlagos, na zona sul da capital. Foram 37 votos a favor da proposta do tucano entre os 55 parlamentares da Casa. Nove votaram contra e houve uma abstenção. Agora, a Câmara fará audiências públicas com a população, antes de votar o projeto em definitivo, ainda este ano.
O projeto prevê a venda por meio de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) de uma área de 959,6 mil m² onde ficam o Autódromo José Carlos Pace e o Kartódromo Ayrton Senna. A expectativa de Doria é arrecadar ao menos R$ 2 bilhões. O texto diz que o autódromo deve ser mantido para as corridas, mas não exige a manutenção do kartódromo. Trata-se do quarto projeto do plano de desestatização de Doria aprovado na Câmara desde o início da gestão.
Tetras – O GP do Brasil de Fórmula 1, no próximo domingo, vai marcar o começo de uma fase inédita na categoria. Com o título conquistado na etapa anterior, no México, pelo inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, pela primeira vez na história serão dois tetracampeões ao mesmo tempo na pista, já que o alemão Sebastian Vettel acumula o mesmo número de conquistas. Para o mais recente campeão, essa coincidência será positiva para o campeonato.
“Acho que isso vai fazer a disputa se tornar mais importante. É incrível termos dois tetracampeões. Quem sabe poderemos ter disputas interessantes nas próximas temporadas”, disse Hamilton nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no autódromo de Interlagos. O inglês e Vettel aparecem no ranking de títulos da Fórmula 1 ao lado do francês Alain Prost, outro tetracampeão.