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Câmara aprova decreto de calamidade pública

PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Sem contabilizar os votos, deputados aprovaram de for­ma simbólica o pedido de re­conhecimento de calamidade pública enviado pelo governo federal diante da pandemia de coronavírus. A proposta pre­cisa ainda passar pelo Senado. O texto aprovado foi o relató­rio do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Houve um acor­do entre todas as lideranças para aceitação do relatório.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê que, decre­tado estado de calamidade, fi­cam suspensos os prazos para ajuste das despesas de pessoal e dos limites do endividamento para cumprimento das metas fiscais e para adoção dos limi­tes de empenho (contingencia­mento) das despesas.

O relator incluiu no tex­to a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar a execução do orçamento du­rante a crise. “É uma comissão do Congresso Nacional para acompanhar a execução do orçamento durante o período de calamidade. Vamos acom­panhar de perto a utilização desse recurso”, disse o relator do projeto na Câmara, deputa­do Orlando Silva (PCdoB-RJ).

O colegiado será compos­to por seis deputados e seis senadores. A comissão reali­zará reuniões mensais com o Ministério da Economia, para avaliar a situação fiscal e a exe­cução orçamentária. Além dis­so, a cada dois meses, o grupo de parlamentares deverá realizar uma audiência pública com a presença do ministro da Eco­nomia, Paulo Guedes, para que ele apresente relatórios sobre a situação das ações para o com­bate ao avanço do coronavírus.

O governo terá obrigação de publicar esses relatórios. “Nós não demos um cheque em branco ao governo, demos um crédito sem limite”, disse Silva. Em uma complementa­ção de voto, o relator delimitou ainda que o estado de calami­dade é exclusivamente para o combate ao coronavírus, sem possibilidades de abrir para a decretação de estado de defesa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo vai lançar um novo benefício assistencial para tra­balhadores informais em meio à pandemia de covid-19. Segun­do ele, serão liberados R$ 15 bilhões aos trabalhadores in­formais durante três meses. O governo vai permitir que o pe­dido seja feito de forma virtual.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, defendeu o programa antidesemprego do governo, que permite a redução de até 50% do salário dos trabalhadores, associa­do à diminuição da jornada de trabalho. “A ideia é proporcio­nar a manutenção do emprego”, afirmou, em resposta à pergunta de jornalistas que questionaram como as pessoas vão sobreviver com metade da renda.

“Muito mais grave seria perder o emprego e não ter sa­lário”, acrescentou. Bianco disse ainda que o pagamento da hora trabalhada não poderá ser redu­zido. Questionado sobre a pos­sibilidade de diferimento dos pagamentos da contribuição previdenciária pelas empresas, Bianco disse que, “por ora”, isso só será permitido para o FGTS e o Simples Nacional. Bianco reconheceu, porém, que esse é um pedido que tem sido feito por vários setores.

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