Tribuna Ribeirão
Política

Câmara acata veto a pagamento com Pix

A Câmara de Vereado­res acatou o veto do prefeito Duarte Nogueira (PSDB) ao projeto de lei que autorizava a Secretaria Municipal da Fa­zenda a aceitar pagamento de impostos e taxas via Pix – sis­tema instantâneo do Banco Central que permite a transfe­rência de recursos entre contas bancárias 24 horas por dia, em dez segundos – e por meio de cartões de crédito e débito.

A proposta havia sido aprovada no Legislativo com o objetivo de facilitar a vida do contribuinte diante de seus compromissos com a prefeitura de Ribeirão Preto. De autoria de Marcos Papa (Cidadania), o projeto pretendia garantir aos munícipes o direito de acesso a meios e formas de pagamento digitais disponíveis no mercado.

O projeto autorizava o uso do Pix para quitação de débitos de natureza tributária e não tri­butária. Com a ampliação das possibilidades, os munícipes poderiam, inclusive, parcelar alguns impostos que hoje são pagos em cota única. O veto foi encaminhado ao Legislativo em 7 de outubro e aprovado na úl­tima terça-feira, 9 de novembro.

Para justificar o veto, a pre­feitura afirma que, em relação aos débitos tributários, o proje­to não é inconstitucional e não fere o princípio da separação de poderes. Entretanto, ao incluir no artigo 1º a extensão dessas formas de pagamento aos dé­bitos não tributários, a propos­ta comete vício de iniciativa.

Segundo a administração municipal, a matéria relativa a débitos não tributários está inserida na competência pri­vativa do chefe do Executivo, ou seja, o prefeito, por isso o veto. “Não há como deixar de reconhecer a inconstitucio­nalidade do termo ‘não tribu­tária’ do artigo 1º do projeto de lei”, diz o texto.

“Ofende as regras de com­petência legislativa e princípio da separação e independência dos poderes”, emenda. Segun­do Marcos Papa, o município comete grave violação aos princípios da administração pública ao se omitir ou retar­dar a regulamentação e o for­necimento dos meios tecnoló­gicos disponíveis que facilitem a vida do contribuinte.

O projeto estabelecia tam­bém que encargos e eventuais diferenças de valores a serem cobrados por conta da utili­zação do cartão de débito ou crédito deveriam ficar exclusi­vamente a cargo do seu titular. “Não apenas é um problema ao cidadão médio a quanti­dade exorbitante de impostos cobrados pelo Poder Público, mas também sua alta burocra­cia e dificuldade”, diz Papa.

“Hoje, é comum ouvir recla­mações de pessoas que não sabem o quanto devem, o que devem, ou como devem pagar seus im­postos”, frisa o parlamentar. O vereador enfatiza que a medida foi adotada em outras cidades, como Criciúma (SC), Campo Grande (MS) e Santos (SP).

Postagens relacionadas

PT de RP lança pré-candidatura de Lula

William Teodoro

Transerp quer auditar bilhetagem em ônibus

Redação 1

Coleta seletiva segue suspensa em RP

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com