Criada na semana passada e instalada oficialmente na terça-feira (10), a Comissão Especial de Estudos (CEE) que pretende auditar as filas de espera para exames, consultas e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) definiu os pedidos de esclarecimentos que serão encaminhados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Presidida por Marcos Papa (Rede), com a participação de Elizeu Rocha (PP) e André Trindade (DEM), o objetivo é compreender as razões que geram as filas.
Segundo dados disponíveis no site da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), uma consulta pode demorar mais de três anos para ser agendada no caso de algumas especialidades – proctologia (35 meses), cirurgia ginecológica (28 meses), pediátrica (16 meses), vascular (16 meses), dermatologia (16 meses), fisioterapia (12 meses), gastroenterologia para adulto (12 meses), neurogeriatria (16 meses), neurologia para adulto (17 meses) e infantil (19 meses), ortopedia hospitalar (24 meses), pneumologia (15 meses), urologia feminina (23 meses) e infantil (oito meses) e uroginecologia (33 meses). Nenhuma das 58 especialidades tem prazo inferior a 30 dias.
A CEE quer esclarecer quantas pessoas foram chamadas da fila de proctologia e quantas compareceram ao mutirão, uma vez que há relatos de que o absenteísmo foi alto, uma prova concreta que as filas precisam ser auditadas e levantamento dos médicos especialistas do município que estão lotados na rede municipal de atenção básica e que poderiam estar fazendo consultas especializadas.
Também pede um levantamento de como funciona o agendamento das consultas especializadas por unidade secundária e sua relação com o maior/menor grau de absenteísmo, dados da série histórica do número de profissionais da rede em cada especialidade e os contratos com os prestadores (número de atendimentos/exames contratados e realizados), lista de todos os especialistas contratados, carga horária, tipo de vínculo, produção e quem são os especialistas que atendem às especialidades mais procuradas e onde estão alocados.