Geralmente, quando acontece alguma coisa de extraordinário, todos querem falar ao mesmo tempo, seja para enaltecer, seja para criticar, ou mesmo para desabafar.
Desabafar seria um termo de confissão, estar relatando a alguém algo que o incomoda, que nem sempre lhe vale a pena. Mas, quando o que aflige pode ser público, então falam e escrevem aos quatros ventos, enfim, usam a energia da maneira que mais lhes convém.
Desabafo talvez se torne um perigo, mas do que hoje estou comentando, não tem nada a esconder, porque não estamos colocando ninguém como conselheiro nem tão pouco como psicólogo.
Todos que lerão estas linhas terão o direito de concordar ou contradizer com o que estamos desabafando, até porque, tenho muito claro em mim, que desabafar não é falar mal.
As nossas frustrações, ou seja, uma indignação do povo brasileiro, não é de não poder falar, é de não ser ouvido. Geralmente, a palavra do povo não tem eco. O que eu falo é como uma fruta que cai do pé, ali ela cai e ali ela apodrece; dependendo do lugar, ela pode germinar e gerar outros frutos, mas a voz do povo sempre morre ali.
Desabafar é preciso, mas é necessário saber que tem alguém que vai ouvir, e que saiba ouvir os seus desabafos.
O povo tem sentimentos e emoções e isso não pode ficar acumulado. Mas, quando é que ele, o povo, coloca para fora tudo aquilo que pensa?
Isto só pode acontecer quando temos uma voz que retumba, uma voz que tem a co-ragem de falar em nome do povo, que fala com coerência, sabedoria, inteligência, mas que seja convincente como se fosse um trovão que abala qualquer barreira, e que todos temem que ela se rompa.
Tínhamos este trovão, era respeitado até pelos que ele criticava em seus desaba-fos.
O seu desabafar era um sentimento aflito, era a oportunidade que o povo tinha, e sentia nele uma companhia agradável, sabendo que suas palavras eram aquelas que gostariam de estar jorrando, ele era o “porto seguro dos brasileiros”.
De uma forma inesperada, CALOU-SE O NOSSO TROVÃO, Ricardo Eugênio Boechat.
Povo brasileiro, existem no horizonte alguns relâmpagos, e outros trovões virão!
Aguardem!!!
Jamais será esquecido!
Nossas lembranças: HTTPS://www.youtube.com/watch?v=QspFIOJLZhE&t=17s