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Cachorro-do-mato é devolvido à natureza

No dia 24 de agosto, o Cetras recebeu o cachorro-do-mato em estado grave, levado pelos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente de Sertãozinho  

A equipe do Cetras e da Secretaria de Meio Ambiente de Sertãozinho e o cachorro-do-mato quando chegou ao centro de reabilitação, em agosto (Divulgação)

Nesta terça-feira, 1º de outubro, o cachorro-do-mato que estava sob os cuidados dos especialistas do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) Morro de São Bento, localizado no Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio Barreto, em Ribeirão Preto, foi devolvido à natureza. Com a ajuda da Secretaria de Meio Ambiente de Sertãozinho, o animal totalmente recuperado, voltou para o seu habitat natural.  
 
No dia 24 de agosto, o Cetras recebeu o cachorro-do-mato em estado grave, levado pelos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente de Sertãozinho. O animal foi encontrado em um córrego da cidade, com alto grau de contaminação, apresentava sinais de apatia, desnutrição e desidratação associados a um quadro neurológico. 
 
Sob os cuidados da equipe do Cetras, o cachorro-do-mato iniciou um processo de recuperação intensivo. No setor de Zootecnia e Nutrição, o animal recebeu uma dieta especial para recuperar o peso, que aumentou de 3,69 quilos para 4,49 kg. E no ambulatório veterinário recebeu todos os cuidados terapêuticos necessários.  
 
Após passar por uma série de exames laboratoriais no Setor de Biologia, que avaliaram o estado metabólico do animal, foi considerado apto para retornar à natureza. Essa iniciativa demonstra o compromisso da unidade em proteger a fauna silvestre e garantir a conservação da biodiversidade da região. 
 
Desde o fim da semana passada, animais resgatados dos incêndios florestais que vêm atingindo o interior paulista desde agosto começaram a retornar à natureza. Na última sexta-feira (27), um tamanduá-mirim foi solto na região de Ribeirão Preto. Um furão reabilitado em um centro de atendimento em São Roque também já voltou à vida livre. 
 
De acordo com o governo de São Paulo, 94 animais foram resgatados e levados a um dos centros de recuperação da rede de atendimento do estado: 53 morreram, dois foram reabilitados e devolvidos ao seu habitat e o restante continua em tratamento. 
 
Somente o Cetras de Ribeirão recebeu 18 animais em menos de dez dias, entre 24 de agosto e 2 de setembro, no auge dos incêndios florestais. Oito deles morreram neste período em decorrência de queimaduras, insuficiência respiratória e outras complicações. Entre as espécies socorridas havia cobra, lagarto, gambá, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, filhote de onça-parda, macaco-prego e tatu.  
 
O caso mais grave na unidade é o de um tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil. Um filhote de onça-parda foi resgatado com ferimentos considerados graves após ser atropelado quando fugia de um incêndio em São Joaquim da Barra. 
 
O tamanduá, uma fêmea adulta, que ganhou o nome Vitória, teve nas patas e no focinho queimaduras de terceiro grau. Mesmo machucada, lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas as funções vitais.  
 
Em caso de dúvidas ou emergências envolvendo a fauna basta acionar o Cetras pelo telefone (16) 3636-2513 ramal 32. A obtenção da autorização de uso e manejo para início das atividades de Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres ocorreu em março de 2024. 
 
Primeiro, passou por um período de reestruturação das instalações e deliberações junto ao Departamento de Fauna do Estado de São Paulo (Defau), ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil-SP).  
 
O empreendimento compreende um quarentenário capaz de albergar mamíferos de pequeno e médio porte, como raposas-do-campo, tamanduás, capivaras e bugios, por exemplo. A estrutura é também capaz de manter em quarentena aves e repteis em recuperação após cirurgias ou completude do desenvolvimento da fase de filhotes para adultos.  
 
Há ainda os setores de maternidade, zootecnia/nutrição, ambulatório veterinário, sala de cirurgia, sala de diagnóstico por imagem, sala de insumos, sala de necropsia e laboratório de análises clínicas. O Bosque Fábio Barreto Fica na rua Liberdade s/nº, no bairro Campos Elíseos. Mais informações podem ser solicitados pelos telefones (16) 3636-2283 e 3636-2513.  
 

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