O Instituto Butantan interrompeu o envase de novas doses da Coronavac –imunizante produzido em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac – diante do esgotamento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima do imunizante importada da China. Essa etapa da produção tem previsão de retomada na próxima semana, com a chegada de uma nova remessa do IFA.
O diretor do instituto, Dimas Covas, diz que o envase foi suspenso há dez dias. Ele afirma que houve um atraso no envio de um novo lote de insumos da China e negou anormalidade no trâmite de entrega da vacina. O Butantan diz que atualmente 2,5 milhões de doses estão em processo de inspeção de controle de qualidade, parte integrante do processo produtivo.
Essas vacinas deverão ser entregues ao Ministério da Saúde na próxima semana para continuidade da distribuição a todos os Estados. O instituto destaca que desde janeiro já entregou 38,2 milhões de doses, que compõem a maior parte das vacinas aplicadas nas cidades brasileiras. O total de 46 milhões de vacinas, referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde, será entregue até 30 de abril, na previsão do Butantan.
Outras 100 milhões são esperadas ao longo do segundo semestre. O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (8), após reunião com Dimas Covas, que São Paulo receberá uma nova remessa de insumos de três mil litros para o processamento de mais cinco milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus.
A matéria-prima, vinda da biofarmacêutica Sinovac, na China, deve chegar até dia 20 de abril. Não é a primeira vez que a linha de envase é paralisada à espera da chegada de novos lotes de IFA da China. Entre janeiro e fevereiro, a fábrica também ficou dias ociosa. A importação do IFA é um assunto que tem mobilizado o governo de São Paulo e o governo federal por meio do Itamaraty.