Tribuna Ribeirão
Cultura

Brodowski terá arte no carnaval

O Museu Casa de Portinari – instituição da Secretaria da Cultu­ra do Estado de São Paulo gerida pela Acam Portinari –, em Brodo­wski, está com uma programação cultural especial para quem quer curtir o carnaval com muita arte. No sábado (10) e no domingo, 11 de fevereiro, acontece a ação “Fa­mília Legal”, um passeio guiado pelo museu que se encerra com jogos de perguntas e respostas, quebra-cabeça, memória e outras atividades que complementam o passeio. Ao final, todos recebem um certificado.

Ainda no domingo, artistas locais e regionais estarão no mu­seu criando obras em tempo real e interagindo com o público. A ati­vidade “Domingo com Arte” tem início às dez horas e tem objetivo de aproximar o contato dos visi­tantes com pintura, músicas, per­formances, trabalhos manuais e escultura. No mesmo dia, das dez ao meio-dia e das 15 às 17 horas, acontece uma oficina de confecção de máscaras carnavalescas inspira­das em algumas espécies da fauna presentes nos jardins do museu. A atividade retorna na terça-feira (13), no mesmo horário.

Especialmente na segunda­-feira (12) o museu estará aberto ao público, das nove às 18 horas. O Museu Casa de Portinari fica na praça Candido Portinari nº 298, no centro de Brodowski, a 35 quilômetros de Ribeirão Preto. O telefone para informações é (16) 3664-4284. A entrada é franca.

Portinari – Filho de imigran­tes italianos nascido em Brodo­wski, em 30 de dezembro de 1903, Candido Portinari manifestou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, oferecidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos. Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de in­toxicação pelas tintas que utilizava.

O museu – Antiga residência de Candido Portinari, em Brodo­wski, o Museu Casa de Portinari representa a forte ligação do artista com sua terra natal, origens e laços familiares. É o local onde ele rea­lizou suas experiências com pin­turas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos. De­vido às várias obras em pintura mural nas paredes da casa e em uma capela nos jardins da resi­dência, a preservação do con­junto tornou-se imprescindível.

O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Históri­co e Artístico Nacional (Iphan). No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo governo de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Pa­trimônio Histórico, Arqueológi­co, Artístico e Turístico do Esta­do de São Paulo (Condephaat).

Com esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugu­rado em 14 de março de 1970. O complexo é constituído por uma casa principal, e anexos construí­dos em sucessivas ampliações. A simplicidade típica do interior é a maior característica do museu.

O acervo artístico do Museu Casa de Portinari constitui-se, principalmente, de trabalhos re­alizados pelo artista em pintura mural, nas técnicas de afresco e têmpera, nas paredes da casa. A temática é predominantemente sacra, exceto as primeiras expe­riências do artista neste gênero. O acervo também contempla uma coleção de desenhos, lin­guagem expressiva e significa­tiva na produção de Candido Portinari, presente em todos os momentos de sua carreira.

O museu ainda abriga obje­tos de uso pessoal, mobiliário e utensílios da família, sendo que alguns cômodos perma­necem com suas funções origi­nais e outros foram adaptados para salas de exposições.

Capela da Nonna – Candido Portinari mandou construir, em 1940, uma capela ao lado da casa da avó Pelegrina, que por conta da idade e problemas de saúde não conseguia se locomover até a igreja para orar. Nas paredes estão os santos prediletos da avó, retra­tados pelo artista com a fisiono­mia de amigos e parentes. A obra terminou em 1941. A Capela da Nonna é um dos principais espa­ços do Museu Casa de Portinari

No espaço estão São Francisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São João Batista, a Sagrada Famí­lia, entre outras figuras sacras ad­miradas pela família. As imagens dos santos têm as formas de pa­rentes e amigos de Portinari, uma tradição presente na pintura do século XV retomada pelo pintor, principalmente entre artistas fla­mengos e italianos.

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