Copa sem Brasil
A eliminação de uma seleção antes da final que mais frustrou o Brasil foi a da Copa de 1982, na Espanha. Pelo futebol exuberante que o time brasileiro jogava e pela surpresa feita por Paolo Rossi, o italiano que marcou os três gols da Itália, a tristeza dos brasileiros foi a maior da história. Claro que a final do Maracanã, em 1950, é insuperável, mas estamos falando de derrotas antes da final. As outras foram todas dentro da expectativa, umas mais outras menos, mas havia desconfiança de que haveria fracasso.
Sem culpados…
A Copa deste ano, na Rússia, também não provocou grande frustração. Além disso, o bom trabalho realizado por Tite deu ao torcedor a tranqüilidade de que não estava sendo enganado. Outro fator importante é que não houve caça aos culpados após a eliminação. Tentaram imputar responsabilidade a Fernandinho, mas seria uma injustiça culpá-lo pelo fato de a bola ter batido em seu ombro depois do desvio do adversário que estava à frente dele e de Gabriel Jesus. Sem culpa e sem culpados, é um bom momento para iniciar a preparação para a próxima Copa já com um ano de trabalho, mantendo Tite.
Sem narrador…
O locutor esportivo era o representante do povo ao vivo no local do jogo, os olhos do torcedor que acompanha pelo rádio ou pela TV. Não é mais. As emissoras, tanto TV quanto rádio, mantém seus locutores no estúdio, eles transmitem assistindo à imagem gerada pela TV. Muitas vezes, preocupados com questões operacionais da transmissão, narrador e comentarista perdem detalhes que não escapam do torcedor. É uma desinformação total. Na Copa da Rússia houve um festival de locutores perdidos nos escanteios, tiros de meta, faltas e até final de jogo. Ficavam enrolando até a imagem mostrar o que havia acontecido. Tempos modernos, porém…