A DECISÃO DE EDNO
Após várias derrotas e às vésperas de um jogo decisivo o atacante Edno deixou o Botafogo. A atitude despertou sentimento de indignação naqueles que entendem que um líder, como ele era, não pode ser o primeiro a pular do barco que está à deriva. Mas é necessário conhecer o problema de perto para não cometer injustiça com o ex-atacante botafoguense. Ele deu explicações afirmando que havia um acordo de que poderia sair se houvesse uma boa proposta. Todavia não foi este o fator determinante para sua saída.
Propostas recusadas…
O barco que afundou e fez Edno tomar a decisão não foi o time, o que naufragou foi a estrutura administrativa fora do campo: atraso no pagamento, pressão interna contra o técnico, falta de um departamento de futebol forte. Quando o processo de fritura se consumou com a derrubada da comissão técnica, com quem ele estava afinado, Edno concluiu que não valia mais a pena dispensar propostas como fizera várias vezes. O projeto estava irremediavelmente corroído. Por isso, no dia seguinte à saída do técnico Rodrigo Fonseca, ele pediu rescisão de contrato.
Liderança positiva…
Edno chegou ao Botafogo numa fase da carreira em que não estava se sentindo confiante, vinha de atuações fracas em competições anteriores, queria uma chance para se recuperar. Na sua própria avaliação considera que conseguiu e atribui isso ao excelente trabalho e paciência da comissão técnica, a quem agradeceu efusivamente em mensagens ao técnico Rodrigo Fonseca e a Toninho Cajurú. Contribuiu com liderança positiva para a união do elenco e, quando foi procurado por Francis, o único jogador descontente do elenco, rechaçou a reclamação do companheiro dizendo que se ele queria jogar tinha que fazer por merecer a oportunidade.