JOGO HISTÓRICO
Na semana do jogo São Paulo x Botafogo a imprensa deu destaque ao fato de o time de Ribeirão Preto não vencer os são-paulinos na capital paulista desde 1960. A referência ao tabu foi um expediente utilizado para instigar os botafoguenses em busca de uma vitória após 58 anos nos domínios do adversário. Não funcionou. Apesar de o São Paulo ter o pior time de todos os tempos, o Botafogo, que também se encontra nesta situação incômoda para a história do clube, foi derrotado mais uma vez.
Diferenças relevantes…
As matérias não citaram a diferença de qualidade da equipe são-paulina daquela época em relação ao time de hoje. O São Paulo possuía vários jogadores de seleção, inclusive o lateral De Sordi, campeão mundial em 1958 na Copa do Mundo da Suécia, Dino Sani, Canhoteiro, maior ponta-esquerda do futebol brasileiro, e Gino. O São Paulo de hoje não tem nenhum campeão mundial e provavelmente não cederá ninguém para o time nacional. Rodrigo Caio e Diego Souza, ambos de qualidade discutível, esperam ser chamados.
Tradição do clássico…
Henrique Salles, que atuou em 1960, o ataque botafoguense era Zuino, Laerte, Antoninho, Henrique e Géo, afirma que o São Paulo, além de forte, jogou muito bem no primeiro tempo. Aliás, Henrique lembrou na ”Mesa da Velha Guarda”, na semana do jogo com a Ferroviária, a tradição do clássico Bota-Ferro e ilustrou com a vitória do Botafogo em Araraquara também em 1960. A Ferroviária vinha de excursão pela Europa. O Botafogo homenageou a Ferroviária pela campanha no exterior com cartão de prata e ”carimbou a faixa”, vencendo por dois a zero. O time do Botafogo jogou com Machado, Gil, Benedito Julião e Tiri; Tarciso e Antônio Julião; Zuino, Laerte, Antonio, Henrique e Géo.