O FIM ESTÁ PRÓXIMO?
Quando falamos em ”Vacas Magras” na coluna de ontem, dia 22, sobre o momento que vive o Botafogo de Ribeirão Preto, não imaginávamos que o clube seria obrigado a desocupar o Centro de Treinamento Manoel Pena por determinação do proprietário do imóvel nem que perderia o preparador físico Luiz Fernando Paião por não cumprir o pagamento dos salários. Estes dois fatos, publicados por este Tribuna, na edição desta quarta-feira, 22, corroboram o que foi escrito em nosso artigo agravando uma situação que flerta com o limite do suportável.
Dinheiro…
O Botafogo já sofreu golpes duríssimos, com a perda de patrimônios como o Poliesportivo e o terreno próximo ao Estádio Santa Cruz em demandas judiciais para pagamento de dividas. Porém, no estado de fragilidade que o clube se encontra, ficar sem o CT e perder o melhor preparador físico do clube nas últimas décadas são danos irreparáveis cujo efeito se assemelha à perda dos patrimônios. O CT, além do prejuízo técnico e do transtorno para a Copa São Paulo de Futebol Junior, deixará de produzir uma receita que, apesar de pequena, prestava socorro emergencial em situações de dificuldades financeiras, que eram pequenas, mas insolúveis naquele momento.
Eficácia…
Se com o fechamento do CT o Botafogo perde o socorro financeiro, com a saída de Paião o clube perde eficácia. Luiz Fernando Paião é excelente em sua área, foi responsável pelo sucesso do time em situações que por falta de técnica o Botafogo teve que se impor pelo condicionamento físico. De alguns anos para cá, esta coluna tem falado que os clubes pequenos vão fechar as portas, como já aconteceu com vários do interior. Alguns de imediato e outros num prazo maior, mas a tendência é o fim de todos. Por isso, quando acontecem coisas como estas no Botafogo, surge a pergunta incômoda: ”Será que o fim está próximo?”