Técnicos: brasileiros x estrangeiros
No Brasil sempre houve técnicos estrangeiros fazendo sucesso: Armando Renganeschi, Filpo Nuñes, José Agnelli, Floreal Garro, José Poy, Fleitas Solich e Béla Guttmann foram alguns. Brasileiros também fizeram sucesso no exterior: Otto Glória, Carlos Alberto Silva, Carpegiani, Felipão, Evaristo Macedo e outros, a lista é grande dos dois lados e nunca houve apologia a esses ou àqueles apontando os melhores. O debate atual é coisa de uma imprensa que acha que entende e de cartolas que não entendem nada.
Injustiça com os velhos…
Rotular todos os técnicos brasileiros como superados foi equívoco após os 7 a 1 da Copa de 2014. Enaltecer só estrangeiros é injustiça. Embalados pela imprensa, cartolas encheram o país de estrangeiros. Sucesso de alguns, fiasco de outros. Jorge Sampaoli, goleado por brasileiros, eliminado da Libertadores com o Flamengo, que no Brasileiro tomou “chocolate” do Cuiabá, não é criticado. Brasileiros com resultados até melhores são espinafrados. O certo é olhar igual para todos, crítica justa e mercado livre. Sempre.
Precipitação com os jovens…
O erro ao segregar velhos gerou erro ao lançar jovens. Nelsinho Batista, com títulos no Brasil e 20 anos no exterior, concorda: “Até meu filho (Eduardo Batista) não estava preparado”. Sem confronto analítico, brasileiros e estrangeiros, juntos e misturados, podem elevar o nível. Dorival Júnior, Vagner Mancini, Pablo Vojvoda, Paulo Baier, Luxemburgo, Abel Ferreira e outros, sem rusgas, seguirão ganhando e perdendo, como sempre foi nos tempos de Renganeschi, Filpo, Agnelli, Floreal, Poy e Béla Guttmann.