Raquete, grama, títulos e fricotes!
Nem a técnica nem os fricotes de Novak Djokovic tiraram o brilho de Carlos Alcaraz, campeão do Wimbledon 2023, torneio de tênis mais importante do mundo. Perdeu o 1º set (6 a 1), placar que ele devolveu no 3º set, e ganhou (3 a 2) de Djokovic em jogo de 4H42, no domingo (16). O jovem tenista espanhol, o mais completo da história nesta idade (20 anos) quebrou a seqüência, como Andy Murray fez em 2016, de títulos do “Big Three” (Nadal, Féderer e Djokovic) em Wimbledon. No sábado (15) a tcheca Maketa Vondrosova foi campeã do feminino ao vencer (2 a 0) Ons Jabeur.
Grama sagrada…
O árbitro disse a Djokovic e Alcaraz: “Não quebrem as raquetes, para proteger a grama”. Djokovic obedeceu, quebrou a raquete no suporte da rede. A “grama sagrada” é bem protegida em Londres. No Estádio de Wembley, em 1995, com a seleção, nós jornalistas não podíamos pisar com os sapados nem na grama fora das quatro linhas. O presidente do Mogi Mirim, Wilson de Barros (falecido), também protegia seu gramado. Num jogo do Mogi Mirim contra o Santos, ele desceu da tribuna e pediu ao goleiro Marola para não bater com a chuteira na grama na hora de cobrar o tiro de meta.
Tiques e Raio-X…
No futebol, como todo esporte coletivo, raramente percebe-se tique nervoso de alguém. O tênis, como a atriz Esther Góes disse do cinema em relação a outras artes cênicas, é uma espécie de Raio-X do atleta. Um pequeno gestual é captado em grande dimensão. Os puxões de cueca de Rafael Nadal, tema de boa matéria do brilhante jornalista Sidnei Quartier, anos atrás no jornal A cidade, não são únicos. Os menos famosos também tem seus tiques. Alcaraz puxa o short, Alexander Zverev levanta e abaixa a camisa, Ons Jabeur puxa a saia. Movimentos freqüentes que irritam ou viram atração antes do saque.