Triângulo defensivo
Para aqueles que gostam de especificar tipos de jogo das equipes com figuras geométricas, já criaram “losango” e “quadrado mágico”, o Botafogo apresenta o “triângulo defensivo”. Após o jogo com o Guarani elogiei a capacidade e rapidez do time de Paulo Baier em se fechar na defesa quando não tem a posse de bola. Com o time inteiro na defesa, respeitada a mobilidade dos lances, forma-se um triângulo. Um vértice em cada linha lateral da grande área e o outro próximo ao círculo do meio de campo.
Vulnerabilidade…
Percebe-se organização prévia, cada jogador sabe sua função, difícil furar este bloqueio pelo meio. O caminho é pelas pontas, como o Guarani fez. Marcou dois gols, mas o Botafogo venceu (3 a 2). Ou na falha individual, como contra o Corinthians, o botafoguense tentou driblar na defesa, perdeu a bola e Adson marcou. Ou acidental, o zagueiro se atrapalhou com a bola rebatida em sua perna, Renato Augusto aproveitou e serviu Róger Guedes que, também pela lateral do ataque, marcou: Corinthians (2 a 0).
Individualidade…
Baier escolheu esta tática de acordo com a limitação de seu elenco, mas isso exige muita precisão nos contra-ataques. O Botafogo chutou com perigo aos 27 minutos e depois mais dois ou três sem risco para Cássio. A precisão depende da qualidade individual. Na defesa, além da qualidade individual, é exigida atenção máxima para simplificar e escolher certo a jogada. Só assim o coletivo dá o resultado esperado. A limitação técnica individual é o maior problema para Paulo Baier contra times grandes e pequenos.