Falando francamente
Ao se dizer satisfeito com o empate (1 a 1) do Botafogo em Santo André, Paulo Baier deve estar se referindo ao ponto conquistado e a aplicação do time, correu muito. Aliás, o jogo só teve correria. Correr, Hélio Cabral (Pirrolo), Alceu Garcia (Vermelho), Joaquim Cruz, Usain Bolt, Emil Zátopek, Maria Zeferina, Vanderlei Cordeiro também corriam, e ganhavam troféus, mas era no Atletismo. No futebol os jogadores têm que fazer a bola correr, mas primeiro eles têm que saber executar os fundamentos. Pelo que conheço de Baier, ele deve estar triste com o que viu em campo.
Erros grotescos…
Erros em profusão nos fundamentos básicos: passes, domínio, dribles, finalizações e escolha de jogadas. Infantis e grotescos. Um atacante do Botafogo tentou cabecear a bola que descia em linha reta e errou. Não a direção do cabeceio, errou a bola (furou). Ele só não perdeu do Fabão, ex-zagueiro do São Paulo e Goiás, que num jogo no Serra Dourada fez igual, mas duas vezes no mesmo lance. Quando a bola desceu e depois de ela quicar, errou de novo. Cômico e trágico. De cartolas inescrupulosos, comissões técnicas “viciadas” a imprensa irresponsável, há culpados por essa “tragédia técnica”.
Equívocos editoriais…
O editor da EPTV colocou no texto e o apresentador falou que o Santo André era o melhor time do Paulista. O certo seria dizer o time com mais pontos, porque pontos acidentais enganam. O narrador da TNT disse “quando o jogo é bom o tempo passa rápido”, assustei. Para mim parecia que tinha 200 minutos de tão ruim. Um olhar sensato sobre o jogo fala mais que estatísticas. Conceitos equivocados colocados publicamente colaboram para revoltas infundadas e violência das torcidas. Amaury Medeiros diria, “Olha, bem. Assim não dá para assistir e nem ganhar de alguém”.