ÁRBITRO DE VÍDEO 2
As contas a cada rodada ilustram as transmissões de rádio e TV, mas não devem ser levadas à sério como fazem os locutores e comentaristas. Eles supervalorizam as mudanças na classificação com a frase: ”O time ganhou quatro posições!”. É alusão, por exemplo, à evolução de uma equipe do 17º lugar para o 13º, porém o número de pontos é igual ou apenas um ponto de diferença de outros três ou quatro times. Situação que muda na rodada seguinte, invertendo as posições, com um simples empate combinado com vitórias dos concorrentes.
Zona da degola…
O São Paulo, por exemplo, comemorou a saída da Zona de Rebaixamento como se tivesse escapado do descenso com a vitória (1 a 0) sobre o Sport. No entanto, faltando 12 rodadas, a mudança da pontuação não foi tão significativa, porque até o Atlético Goianiense venceu e, como último colocado, apenas seis pontos abaixo do São Paulo, começa a respirar esperança de escapar da degola. O Vitória conseguiu uma virada (2 a 3) sobre o Botafogo no Rio de Janeiro, e Vagner Mancini, se salvar o time baiano, merecerá seu busto edificado no centro do gramado do ”Barradão”.
Deu empate…
O gol irregular de Jô contra o Vasco deu tema de ampla discussão, todo mundo achando que, se houvesse árbitro de vídeo, o gol seria anulado e o Corinthians não venceria o Vasco. Agora está empatado. O Corinthians, beneficiado contra o Vasco, foi prejudicado contra o Cruzeiro. Deixou de vencer no Mineirão porque a arbitragem deu impedimento inexistente no gol legítimo de Balbuena. Era apenas um pé do defensor cruzeirense que dava condições ao zagueiro corintiano. Lance difícil para a arbitragem, mas, se houvesse árbitro de vídeo, o gol seria confirmado.