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Brasília: o que esperar do “inferno astral”?

Brasília consegue sempre assumir o protagonismo do no­ticiário nacional. Quando não são falas inesperadas e agres­sivas do presidente ou manifestações contra a democracia, são as ações do “grupo” Bolsonaro e suas relações de amizade que surpreendem o país. Já estamos nos acostumando com tantos acontecimentos estranhos, que escapam às razões da administração pública. Afinal, quais os marcantes projetos do governo este ano? Para não exigir tanto, então desde o seu primeiro dia, em 2019? Sinceramente, nada!

Polêmicas, conflitos e maus exemplos sobram. Haverá tem­po para governar? Ou precisa de reeleição para ainda continuar sem nada fazer, faltando com a expectativa dos brasileiros? Observaram que nem promessas já não faz? Aquelas da cam­panha foram abolidas (pelo governo, é claro). Parece que nem se lembra delas e que nós as esquecemos. Ledo engano.

Nem a pandemia toma as atenções do governo central, o de Brasília. Deixou de liderar o combate contra o “inimigo invisível” e resolveu empreender desentendimento com os planos dos Estados, dificultando governadores e prefeitos. É evidente que esta desarmonia interna é notada até pelos menos letrados e mais desatualizados que se distanciam do noticiário. O país deixa de ser governado.

O resultados todos sabemos: mais de um milhão de bra­sileiros infectados e caminhamos para quase 100 mil mortos. Esta tragédia é irreparável e jamais será esquecida, nem pode. Ministros se desligam traumaticamente. As instituições “ba­tem cabeça”, são ameaçadas por apoiadores do governo que acabam presos. Não é o Brasil que queremos.

Lá fora as repercussões (internacionais) são as que não ajudam os brasileiros daqui e nem os de outras partes. O mundo se assusta com o Brasil e nós nos decepcionamos com o governante em tão pouco tempo no cargo. Assim continua­rá? Ou encontrará uma fórmula para reduzir o sofrimento do povo? Governantes menos radicais deram soluções práticas e inteligentes, em casos análogos. A história da humanidade está repleta de extremismos doentios que ficaram na lem­brança dos governados – para sempre.

Não há dúvida que os acontecimentos que se sucedem neste país coloca o(s) Bolsonaro(s) num “inferno astral” (entre dinheiro duvidoso e matador de aluguel). Seu governo comprometido, colhe críticas generalizadas. Sem tempo e forma para reger os nossos interesses e necessidades.

As aparições públicas do Presidente mostram o semblante de uma pessoa preocupada, estressada, desanimada. Já não aparece para falar aos apoiadores à porta do Palácio. Seus aliados entraram na mira da Justiça e se reduzem nos protes­tos das ruas. Procura apoio no parlamento. Está isolado!

Como está a cabeça (equilíbrio) do comandante para con­tinuar e dar impulso às “suas tropas”? Como fica a capacidade produtiva do administrador?

Certamente nem os mais ferrenhos opositores de Bolso­naro nas disputas de 2018 (dizem “pobre Brasil”) desejam que esteja à frente do país com as dificuldades atuais, surgidas naturalmente ou provocadas pelas atitudes impensadas,im­próprias, desumana se desastrosas que foram adotadas.

Estamos sem futuro! O que devemos esperar, se o governo não sabe governar? Nem conhece o que seja um “resfriadinho”!

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