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Brasil tem 64,8 mi de inadimplentes

O número de brasileiros inadimplentes voltou a subir em janeiro e se aproxima do patamar recorde atingido no início da pandemia, em abril de 2020, de 65,91 milhões de pessoas. Em janeiro deste ano, 64,82 milhões de pes­soas estavam com contas em atraso, 850 mil a mais do que no mês anterior. O valor total das dívidas atingiu R$ 260,7 bilhões, 3,48% a mais do que em dezembro.

Esse avanço e a perspectiva de que o quadro do calote con­tinue piorando, por causa da inflação e desemprego em alta – e o quadro de incertezas pro­vocado pela guerra na Ucrânia –, fizeram a Serasa, birô espe­cializado em informação de crédito, realizar pela primeira vez um feirão emergencial de renegociação de dívidas. O evento presencial e online co­meçou no dia 7 deste mês e vai até o dia 31 de março.

“É a primeira vez que esta­mos fazendo um feirão emer­gencial porque o número está se aproximando do pico da pandemia, é um número alar­mante”, afirma Daniel Bizanha, gerente da Serasa para o Esta­do de São Paulo. A radiografia da inadimplência do consumi­dor feita pelo birô revela uma piora de dezembro para janei­ro de todos os indicadores.

Além do número de ina­dimplentes ter aumentado 1,32% ante dezembro, a quan­tidade total de dívidas subiu 2,77% e atingiu 219,5 milhões. O valor médio de cada dívida por pessoa subiu 2,13% de de­zembro para janeiro e atingiu R$ 4.022,52.

A inadimplência dos ser­viços de utilidade pública, que englobam contas de água, luz, gás, por exemplo, representa 23,7% das dívidas em atraso em janeiro, com tendência de crescimento. Em janeiro de 2020, esses serviços respon­diam por cerca de 20% das dí­vidas em atraso.

O destaque do perfil da ina­dimplência durante a pande­mia foi para o não pagamento de contas básicas, como água, luz, telefone e IPTU. A maior fatia das dívidas continua em bancos e cartão de crédito, com 28,4%. O varejo represen­ta 12,4% das contas não pagas.

Uma pesquisa recente feita pelo birô mostrou que em de­zembro do ano passado 70% dos brasileiros compravam alimentos no cartão de crédito. “Isso mostra que o consumi­dor está endividado não só por empréstimos e o comércio em geral, mas dívidas básicas, gás, energia e comida”, afirma Ma­theus Losi, gerente da Serasa para o Rio de Janeiro.

Logo após o pico da ina­dimplência, em abril de 2020, houve várias ações para redu­zir esse número, como forte re­negociação de dívidas, menos crédito no mercado. Agora, pela atual conjuntura, Losi diz que essas ações não deverão se repetir. Por isso, a necessidade de um feirão emergencial.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 258.720 ina­dimplentes, alta de 3,6% em comparação com os 249.819 de dezembro de 2020, quando a pandemia de coronavírus dava sinais de arrefecimento – vol­tou a preocupar em 2022 por causa do avanço da variante Ômicron. São 8.901 devedores a mais do que no período ante­rior, aponta a Serasa Experian.

Segundo a consultoria, em dezembro, cada inadimplente de Ribeirão Preto devia, em torno de, R$ 5.340,61 – média de R$ 1.212 por dívida. Com base nestes valores, estima que a inadimplência na cidade fechou o ano passado em R$ 1.381.723.159.

Estados
O Estado de São Paulo concentra o maior número de inadimplentes do País, com 15,2 milhões, dos 29,3 mi­lhões da região Sudeste. Tem 42,35% da população adulta inadimplente. Com o feirão emergencial, a expectativa é a de que mais de 33 milhões de dívidas sejam renegociadas, com descontos de até 99% do valor total. Cerca de 100 empresas e bancos credores participam do feirão.

As dívidas poderão ser renegociadas por meio de canais digitais, aplicativo, WhatsApp, pelo site, telefone e sete mil agências dos cor­reios. Quem prefere negociar presencialmente, vai contar com uma tenda instalada no Largo da Batata, no bairro paulistano de Pinheiros, a partir do dia 15 deste mês.

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