No ano passado, 163,8 milhões de pessoas tinham aparelho de telefone celular para uso pessoal no país, o equivalente a 87,6% da população com 10 anos ou mais. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2023, a Pnad TIC, e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 16 de agosto.
A pesquisa mostrou expansão contínua da posse de telefone celular desde o início da série histórica, em 2016, quando 77,4% da população de 10 anos ou mais de idade possuíam o aparelho. Essa fatia subiu a 81,4% em 2019, passando a 84,4% em 2021, 86,5% em 2022, alcançando os atuais 87,6% em 2023.
No ano passado, a proporção de usuários de telefone móvel celular foi de 89,6% entre os habitantes de áreas urbanas e de 73,7% entre os moradores da área rural. Dos 23,2 milhões de brasileiros sem telefone móvel celular para uso pessoal em 2023, o equivalente a 12,4% da população de 10 anos ou mais de idade, 53,7% eram homens e 46,3%, mulheres.
Quanto à faixa etária, 35,2% tinham 60 anos ou mais de idade, e outros 22,6% tinham de 10 a 13 anos. Por nível de escolaridade, 78,9% não tinham completado o ensino fundamental. Os motivos mais citados para a ausência de telefone celular foi não saber usar o aparelho (mencionado por 27,8%), o aparelho telefônico era caro (23,4%) e falta de necessidade (21,2%).
TV em baixa – Em 2023, havia televisão em 94,3% dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes do país: essa proporção foi de 95,1% na área urbana e de 88,5% na rural. Embora venha aumentando quantitativamente a posse de televisão, o número de lares sem o aparelho cresce em ritmo mais acelerado.
Em 2016, quando começa a série histórica da pesquisa, 2,8% dos domicílios não tinham televisão, fatia que subiu a 5,7% das famílias em 2023. A proporção de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional caiu de 91,6% em 2022 para 88,0% em 2023, meio milhão de lares a menos.
Houve recuo ainda na fatia de famílias com serviço de televisão por assinatura, de 27,7% em 2022 para 25,2% em 2023. O mesmo movimento foi percebido nos serviços pagos de streaming de vídeo: a fatia de domicílios assinantes encolheu de 43,4% em 2022 para 42,1% em 2023.