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Brasil registra 12º caso da Ômicron

© REUTERS/Denis Balibouse/Direitos Reservados

O Ministério da Saúde confirmou na noite desta terça-feira, 14 de dezembro, um novo caso de paciente contaminado com a variante Ômicron do novo coronaví­rus, o 12º no Brasil. São seis casos confirmados no Estado de São Paulo, dois no Distrito Federal, dois no Rio Grande do Sul, dois em Goiás. Outros quatro casos estão em inves­tigação em Minas Gerais.

A Ômicron tem gerado te­mores de que a grande quanti­dade de mutações na proteína spike do coronavírus, usada pelo vírus para infectar as cé­lulas, possa significar que a va­riante escape da imunidade in­duzida por vacinas. Segundo a Organização Mundial da Saú­de (OMS) 77 países já relata­ram casos de Ômicron.

Fabricantes de imunizantes afirmam que, embora seja pos­sível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que pro­tejam os infectados pela nova variante contra quadros gra­ves da covid-19, contanto que as pessoas mais necessitadas de proteção também tenham acesso a elas, diz o diretor­-geral da OMS, Tedros Adha­nom Ghebreyesus.

“É uma questão de priori­zação. A ordem importa. Dar reforços a grupos com risco baixo de doenças graves ou mortes simplesmente ameaça as vidas daqueles com risco alto que ainda estão esperan­do suas doses primárias por causa de restrições de supri­mento”, ressaltou Ghebreye­sus, nesta terça-feira.

“Por outro lado, dar do­ses adicionais a pessoas com risco alto pode salvar mais vidas do que dar doses pri­márias àqueles com risco baixo.” Tedros revelou que 77 países já relataram casos de Ômicron “e a realidade é que a variante está se disse­minando em um ritmo que não vimos com nenhuma variante anterior”, disse.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confir­mou mais dois novos casos da variante Ômicron do corona­vírus no final de semana. No domingo (12), anunciou o pri­meiro importado no interior. Trata-se de uma mulher de 40 anos, residente em Limeira, e que viajou à África do Sul e à França em novembro.

Ela tem esquema vacinal completo e relato de apenas sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção na­sal. Está sob monitoramen­to da Vigilância municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com marido e filho, que já tiveram resultado negativo para exa­me de PCR.

No sábado (11), a pasta anunciou o caso de um ho­mem de 67 anos e sem des­locamento recente para outro país. Ele tem esquema vacinal completo e reforço com Pfi­zer/BioNTech, e apenas sin­tomas leves, como calafrio. O paciente teve diagnóstico positivo para covid-19 no dia 7 de dezembro.

Ele fez um teste de PCR e sua amostra foi submetida a sequenciamento genético, ten­do a Ômicron como resultado. Ele está realizando isolamento domiciliar. A Vigilância mu­nicipal de São Paulo, com o apoio do Estado, está buscan­do os contactantes.

Passaporte da vacina
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso esclareceu a decisão que determinou a exi­gência de comprovante de va­cinação contra covid-19 para viajantes que chegam ao Brasil vindos do exterior. A decisão foi motivada por uma mani­festação da Advocacia-Geral da União (AGU).

Segundo o ministro, a exigência de comprovante de vacinação para entrada no Brasil não será aplicada para quem saiu do país antes do despacho proferido hoje, mas o teste PCR será obri­gatório. Dessa forma, quem está fora do país poderá en­trar no Brasil sem apresentar o comprovante. Quem sair hoje só poderá regressar com a apresentação do certificado. Barroso disse ainda que pes­soas recuperadas da covid-19 também devem apresentar o comprovante de vacinação.

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