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Brasil projeta alta da safra

A Companhia Nacional de Abastecimento e o Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística divulgaram nesta quinta-feira, 13 de abril, suas projeções para a safra de grãos. Ambos preveem aumento na produção e novo recorde no campo, segundo os números apresentados ontem. Conab e IBGE indicam alta em relação às projeções anteriores.

A produção de grãos no Bra­sil na temporada 2022/23, em fase final de colheita das culturas de primeira safra, está estimada em 312,53 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas, ou 14,7%, quando comparada com o ciclo anterior 2021/22.

Os números fazem parte do 7º Levantamento da Safra de Grãos da Conab. Em compa­ração com a previsão anterior, de março, a projeção indica aumento de 0,9%, ou 2,64 mi­lhões de toneladas a mais. O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo.

“No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desen­volvimento das culturas de 2ª e 3ª safras”, pondera a estatal. No caso da área plantada, é espera­do um crescimento de 3,3%, o que corresponde à incorporação de 2,5 milhões de hectares, atin­gindo um total de 77 milhões de hectares na safra 2022/23.

A soja se mantém como o produto com maior volume co­lhido no País, com uma produ­ção estimada em 153,6 milhões de toneladas, aumento de 22,4% ante 2021/22. Com índice de colheita em 78,2%, conforme in­dica o Progresso de Safra divul­gado nesta semana pela Com­panhia, a boa produtividade nas lavouras tem sido confirmada e está estimada em 3.527 quilos por hectare.

Para o milho, a Conab pro­jeta um aumento tanto em área como em produção. O cultivo do cereal está estimado em 21,97 milhões de hectares, acréscimo de 1,8%, com aumento para a área semeada na 2ª safra e redu­ção na 1ª. Já a colheita total do grão está estimada em 124,88 milhões de toneladas (+10,4% ante 2021/22), influenciada pelo incremento da produção de 8,8% na 1ª safra e de 11% na 2ª, podendo atingir 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.

Segundo a Conab, outro produto que apresenta cresci­mento na produção é o sorgo. O impulso é influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um pro­duto mais resistente à estia­gem, a produção do grão pode ultrapassar as 3,7 milhões de toneladas nesta safra. Já para o arroz, a produção estimada é de 9,94 milhões de toneladas (-7,9% ante 2021/22).

O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimen­to da cultura. Queda também é observada na área total a ser se­meada com feijão, podendo al­cançar 2,76 milhões de hectares. Somando as 3 safras, a produção deve ficar em 2,95 milhões de toneladas (-1,3% ante 2021/22).

IBGE
A safra agrícola de 2023 deve totalizar recorde de 299,7 milhões de toneladas, 36,5 mi­lhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,9%. Os dados são do Levantamento Sistemá­tico da Produção Agrícola de março, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE).

O resultado é 1,6 milhão de toneladas maior que o previsto no levantamento anterior, de feverei­ro, uma alta de 0,5%. Segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem ter semeado 76,1 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 3,9% em relação à área em 2022.

Em relação à estimativa de fevereiro, a área a ser colhida cresceu 0,4%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, soma­dos, representam 92,4% da esti­mativa da produção e 87,4% da área a ser colhida.

Em relação a 2022, houve acréscimos de 3,3% na área a ser colhida de milho (alta de 1,2% na primeira safra do grão e de 4,1% na segunda safra), de 1,8% na área do algodão her­báceo, de 2,5% na do trigo e de 5,4% na da soja. Na direção oposta, houve recuo na expec­tativa de área colhida de arroz (-6,5%) e sorgo (-0,8%).

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