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Brasil piora no ranking da corrupção

É um fato, sem qualquer dúvida, entristecedor: o Brasil teve uma forte piora no ranking que avalia a percepção da corrupção no mundo divulgado na última quarta-feira (21), pela Transparência Internacional. Nosso país caiu 17 posições em comparação ao ano anterior e ocupa o 96° lugar na lista de 2017, a qual avalia a corrupção do setor público em 180 países. Numa escala de zero (mais corrupto) a 100 (menos corrupto), o Brasil aparece com 37 pontos, três a menos do verificado em 2016; trata-se da pior situação dos últimos cinco anos.

Atualmente, o Brasil divide a 96ª posição com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia, ficando atrás de países como Timor Leste, Sri Lanka, Burkina Faso, Ruanda e Arábia Saudita. Desde 2014, o índice de percepção da corrupção (IPC) vem piorando no Brasil, que também deteriorou sua posição relativa a outras nações em desenvolvimento: estamos, agora, à frente apenas da Rússia, detentora de 29 pontos.

De acordo com o levantamento, elaborado a partir das percepções de especialistas e de empresários acerca dos níveis de corrupção em 180 nações, o Brasil hoje é apenas o 96º país quando o assunto é a lisura no setor público. O líder do ranking mundial é a Nova Zelândia, com nota 89. Na América do Sul, o melhor colocado é o Uruguai, ocupando a 23ª posição com a nota 70. Já a pior situação na América Latina é a da Venezuela, com nota 18 e classificada em 169ª.

Além de considerar a opinião de especialistas e de pessoas do mundo dos negócios, o estudo também leva em conta a liberdade de imprensa verificada em cada nação. Segundo os dados levantados pela Transparência Internacional, quanto maior o índice de corrupção de um país, maior o número de jornalistas assassinados naquela região.

De acordo, porém, com essa ONG, as nações do continente americano progrediram no combate à corrupção nos últimos anos devido às investigações de grandes esquemas como o caso Odebrecht, que ultrapassou a fronteira brasileira para também ganhar corpo em países como o Equador e o Peru. Os responsáveis pelo estudo consideram, ainda, 2018 como um ano “crucial” para o combate à corrupção na América Latina e nos países do Caribe, uma vez que muitas nações terão eleições gerais neste ano – como é o caso do Brasil.

“Os candidatos e partidos” – defende a ONG – “têm uma importante oportunidade de incluir propostas de combate à corrupção em suas campanhas e promover uma mudança estrutural. Para impulsionar de modo verdadeiro os esforços contra essas práticas criminosas na região, os governantes devem promover políticas que demonstrem o comprometimento de longo prazo com a causa”.

É um posicionamento responsável e com o qual eu me identifico: neste ano o eleitor brasileiro – conforme tenho frisado em artigos e pronunciamentos na Assembleia Legislativa (Alesp) – terá a possibilidade, através do voto livre e consciente, de banir os corruptos e dar voz e vez a quem se proponha a trabalhar – com ética, idealismo, honestidade e competência – pelo bem da comunidade brasileira.

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