O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira, 13 de março, que contabiliza 98 casos para novo coronavírus no Brasil. Há transmissão comunitária, quando já não é possível identificar a trajetória da infecção, em São Paulo e no Rio de Janeiro, disse a pasta. Setenta e sete casos para a doença haviam sido contabilizados no balanço divulgado na quinta-feira (12). A pasta alerta que estados, frequentemente, tem dados mais atualizados, que vão sendo contados pelo governo federal em atualizações durante o dia.
Os pacientes do novo coronavírus estão em São Paulo (56), Rio de Janeiro (16), Paraná (seis), Rio Grande do Sul (quatro), Goiás (três), Pernambuco (dois), Distrito Federal (dois), Bahia (dois), Minas Gerais (dois), Santa Catarina (dois), Rio Grande do Norte (um), Alagoas (um) e Espírito Santo (um). Já a maioria dos casos suspeitos estão em São Paulo (753), Minas Gerais (116), Rio Grande do Sul (81), Santa Catarina e Rio de Janeiro (76).
Os idosos e pacientes de doenças crônicas representam o público que causa maior preocupação com a pandemia do novo coronavírus. Isso porque a baixa imunidade faz dessas pessoas mais vulneráveis à ação do vírus e a complicações decorrentes dele, como síndromes respiratórias agudas graves.
Estudo do Centro para a Prevenção e Combate a Doenças da China analisou casos no país, tomando exemplos do mês de fevereiro, e identificou que a taxa de mortalidade avança conforme a idade. Enquanto entre 0 e 49 anos ela não passa de 1%, entre 50 e 59 fica em 1,3%, entre 60 e 69 vai para 3,6%, entre 70 e 79 anos sobe para 8% e acima dos 80 chega a 14,8%.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já destacou a atenção necessária a esse público. “O maior grupo de risco é formado pelos idosos e doentes crônicos. Estes é o grupo que queremos superproteger. Quando jovens ganham imunidade, o vírus cai. Quanto menos pessoas idosas e com doenças crônicas tivermos, menos usaremos os sistemas hospitalares”, destacou.
No Brasil, ainda não houve mortes em razão da epidemia de covid-19. A maioria dos casos (40%) é de pessoas abaixo de 40 anos, enquanto os acima de 60 anos representam 14% das pessoas infectadas. A média geral é de 42 anos. Já as doenças crônicas também devem ser objeto de cuidado pela vulnerabilidade que confere ao portador.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os pacientes de doenças crônicas que precisam de maior atenção estão aqueles com diabetes, hipertensão, doenças renais, cardíacas e respiratórias, por exemplo. Com base na evolução dos casos no Brasil, até o momento, estima-se que, sem a adoção das medidas propostas pela pasta para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.
Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio pelo coronavírus. O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.
Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas, corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o vírus.
Até mesmo a forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos e beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias, incluindo o coronavírus.