O Brasil registrou 749 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas – 31 a cada 60 minutos – e já contabiliza, ao todo, 13.149 vítimas fatais da covid-19, alta de 6% em relação aos 12.400 falecimentos anunciados na terça-feira (12), segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 13 de maio.
O número de casos confirmados da doença no país saltou de 177. 589 para 188.974 entre anteontem e esta quarta-feira, um recorde de 11.385 novos registros em 24 horas, aumento de 6,4%. Com essa atualização, o Brasil ultrapassou a França em número total de pessoas infectadas por covid-19 e se tornou a sexta nação no mundo com mais casos acumulados da doença, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Na terça-feira, já havia ultrapassado a Alemanha nesse ranking.
De acordo com o levantamento, o Brasil também é o sexto na lista de países com mais mortes acumuladas por covid-19, e fica atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França e Espanha. Segundo boletim apresentado pelo Ministério da Saúde, mais da metade dos municípios brasileiros (51,4%) já registraram casos de infecção por coronavírus, e 995 cidades (17,9%) já tiveram óbitos confirmados.
De acordo com o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, esses números estão concentrados nas capitais e regiões metropolitanas, mas também já apresentam uma interiorização pelas demais áreas do país. Do total de casos confirmados, 97.402 (51,4%) estão em acompanhamento e 78.424 (41,5%) foram recuperados. Há ainda 2.050 mortes em investigação.
A letalidade (número de mortes pelo número de casos) ficou em 7% e a mortalidade (número de casos pela população) ficou em 5,9. Os estados com maior incidência (número de casos por 100 mil habitantes) de covid-19 são Amazonas (381,6), Amapá (355,3), Roraima (232,9), Ceará (209,8) Acre (192,1) e Pernambuco (155,9). São Paulo se mantém como epicentro da pandemia, concentrando o maior número de falecimentos (4.118). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.050), Ceará (1.389), Pernambuco (1.224) e Amazonas (1.160).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (946), Maranhão (444), Bahia (236), Espírito Santo (233), Paraíba (157), Alagoas (164), Minas Gerais (135), Paraná (117), Rio Grande do Sul (111), Rio Grande do Norte (105), Amapá (94), Santa Catarina (73), Goiás (61), Piauí (57), Acre (52), Rondônia (50), Distrito Federal (48), Sergipe (42), Roraima (29), Tocantins (21), Mato Grosso (20) e Mato Grosso do Sul (13).
Teste de Bolsonaro
A Advocacia-Geral da União (AGU) entregou ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski os exames do novo coronavírus feitos pelo presidente Jair Bolsonaro, que deu negativo. Ele citou o respaldo da lei mais uma vez para falar sobre a proteção da sua intimidade para justificar o sigilo de seus exames para o novo coronavírus. O jornal O Estado de S. Paulo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter o resultado dos exames de covid-19, que o mandatário se recusava a divulgar.
Residentes
Em todo o país, residentes da área de saúde têm trabalhado sem receber a bolsa-salário à qual têm direito e em condições precárias, segundo o Fórum Nacional de Residentes em Saúde (FNRS) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). A remuneração, no valor de R$ 3.330,43, é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que se comprometeu a colocar em dia os pagamentos até a próxima sexta-feira (15).
O anúncio foi feito após intervenção da Defensoria Pública da União (DPU).
As entidades representativas também acionaram o Ministério Público Federal (MPF). Atualmente, 55.618 bolsas de residência estão ativas no Brasil. Desse total, o governo federal financia 22.302, sendo 13.489 de residência médica e 8.777 de residência em área profissional de saúde, que abrange especialidades como fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, enfermagem, fisioterapia, entre outras.