O Brasil volta a campo nesta sexta-feira, às 22h, diante do Paraguai, no Allegiant Stadium, no forte calor desértico de Las Vegas, Nevada, pela segunda rodada do Grupo D da Copa América. Se vencer, a Canarinho pode encaminhar a vaga nas quartas de final, mas também pode se complicar em caso de tropeço.
Na estreia, a seleção chegou como ampla favorita e dominou a posse de bola, como era esperado, mas não conseguiu furar a eficaz retranca da Costa Rica. O empate sem gols gerou críticas aos comandados de Dorival Júnior, que agora tentam engrenar na competição em um momento importante na primeira fase.
Isso porque, se o Brasil não vencer, pode ver a Colômbia se classificar com antecedência, caso triunfe diante da Costa Rica, e assegurar a liderança da chave. Além disso, outro cenário, que envolve uma derrota brasileira, pode fazer com que a Amarelinha tenha de jogar a vida contra os colombianos na rodada final.
Para evitar o desespero, a seleção terá de melhorar principalmente no setor ofensivo. Herdeiro da camisa 10 de tantos craques e atual campeão da Champions League pelo Real Madrid, o atacante Rodrygo preferiu se abster das desculpas, que vão desde a retranca costarriquenha até o tamanho do gramado, menor que o habitual.
“A gente sabe que atrapalha muito as dimensões do campo, todo mundo é acostumado a jogar no campo normal e então diminui o campo do nada. É muito ruim, mas não é hora. A gente empatou, um empate que vem com gosto de derrota para a gente, então é melhorar, sem desculpa”, afirmou.
Vencer a seleção paraguaia, que foi batida na estreia pela Colômbia, por 2 a 1, é uma obrigação, de acordo com o abismo técnico e histórico. Em 82 confrontos até hoje, o time verde e amarelo levou a melhor em 49, empatou 22 e perdeu somente 11. A última derrota, inclusive, faz tempo: 2 a 0, em 2008, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da África do Sul. Desde então, quatro vitórias e cinco empates.
Para manter a escrita e o tabu de 16 anos, Dorival Júnior terá força máxima à disposição e pode, quem sabe, dar a primeira chance a Endrick como titular. Ele deve escalar o seguinte time: Alisson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Wendell (Arana); João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vinícius Júnior e Raphinha (Endrick).