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Brasil empata com a Inglaterra em Wembley

O primeiro desafio da se­leção brasileira na Europa sob o comando de Tite acabou em um empate morno com o time misto da Inglaterra. Jogando em Londres em um Wembley quase lotado, em seu último confronto do ano, a equipe nacional não conseguiu furar as sólidas linhas defensivas in­glesas nesta terça-feira. Gareth Southgate posicionou seu time em seu próprio campo, apos­tando nos contra-ataques, que não levaram perigo, mas que bloquearam a movimentação ofensiva de Neymar, Gabriel Je­sus e Philippe Coutinho.

Depois de uma vitória sem brilho por 3 a 1 sobre o Japão, em Lille, Tite esperava um espí­rito de Copa do Mundo em seus jogadores. Empenho de fato não faltou. Em todo o primeiro tem­po o Brasil teve maior posse de bola, e dominou as ações ofensi­vas. Mas em nenhum momento conseguiu resolver de forma efi­ciente nos últimos metros da de­fesa adversária usando o talento individual de Neymar, Jesus ou Coutinho. Diante de uma defe­sa sólida, formada por Maguire, Stones e Gomez, as infiltrações não deram certo.

Aos 10, Neymar avançou pela esquerda, e na entrada da grande área tentou um novo chute, sem precisão e sem perigo. Um minu­to depois, a marcação sob pressão do Brasil na saída de bola da In­glaterra surtiu efeito, na roubada um cruzamento encontrou Jesus na área, que de cabeça teve a me­lhor chance do Brasil, obrigando Hart à boa defesa.

A Inglaterra ameaçou em ra­ras oportunidades, como aos 17, pela esquerda, quando Rashford fez jogada individual, avançou sobre a marcação e mandou um chute forte de fora da área, para defesa firme de Alisson.

A partir de então o time bra­sileiro começou a encontrar nos lançamentos às costas da zaga in­glesa um meio de infiltrar a área adversária. Foi o que Neymar fez aos 22, com belo lançamento de três dedos por cima da zaga, achando Jesus dentro da área. Sem domínio, foi interceptado por Hart. Aos 31, Neymar fez outro lançamento para Jesus, que entrou livre na grande área O ár­bitro marcou impedimento, mas o atacante brasileiro perdeu o gol de qualquer forma.

Na segunda etapa, o jogo se tornou mais franco, mas ainda assim sem objetividade. Logo no início, Neymar encontrou Coutinho impedido. O árbi­tro não deu, e o atacante do Liverpool, quase caindo, ainda chutou para defesa de Hart, na oportunidade mais clara da partida até então.

Aos 22, Tite fez as primeiras alterações, mandando a campo Willian no lugar de Coutinho – de desempenho apagado após três semanas de lesão -, e Fer­nandinho no de Renato Augus­to. Então a Inglaterra teve um instante de mais domínio, com o Brasil recuando ao campo de defesa. Mas, sem Kane, astro do Tottenham, a equipe inglesa em poucos momentos ameaçou de fato o gol de Alisson.

Ainda tentando soluções, Tite mandou a campo Firmino no lugar de Jesus. As alterações começaram a surtir efeito. Em arrancada individual, Fernandi­nho avançou no centro do campo e, sem marcação, chutou forte e rasteiro de fora da área, acertando a trave direita de Hart, na jogada mais perigosa da partida. Na se­quência, Willian recebeu de Mar­celo dentro da área, mas foi blo­queado no momento do chute.

A essa altura o jogo havia crescido em emoção. Paulinho, aos 38, invadiu a área e chutou forte para grande defesa de Hart, que rebateu com o peito para escanteio. Aos 43 a Inglaterra respondeu com Solanke, que re­cebeu cruzamento na entrada da pequena área e obrigou Alisson a uma grande saída.

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