A Seleção Brasileira estreia na Copa do Mundo 2018 neste domingo, às 15 horas (de Brasília), contra o time da Suíça. A partida válida pelo grupo E será disputada na Arena Rostov, a 400 km de Sochi, local de treinamentos e concentração da equipe brasileira no Sul da Rússia.
As duas seleções se enfrentaram apenas uma vez na história dos Mundiais, também em um jogo válido pela fase de grupo. Foi em 1950, no estádio Pacaembu, em São Paulo, e o duelo terminou empatado em 2 a 2.
O Brasil acumula bons resultados nas estreias recentes de Copa do Mundo, mas os jogos não costumam ser fáceis. Desde 1998, a seleção soma cinco triunfos, quatro deles por apenas um gol de diferença. O placar mais elástico foi o 3 a 1 de virada contra Croácia, em 2014.
Cara de Tite – Um futebol leve, vistoso e ofensivo. Desde que Tite substituiu Dunga no comando técnico da Seleção, os brasileiros têm recuperado gradativamente a forma de jogar que encantou o mundo nos anos 1980 e 1990.
As entradas do volante Paulinho, homem de confiança do treinador, e do jovem atacante Gabriel Jesus, dono da camisa 9, surtiram efeito imediato e garantiram à equipe o primeiro lugar nas Eliminatórias sul-americanas.
Nos amistosos preparatórios, contra Croácia (2 a 0) e Áustria (3 a 0), chamaram atenção a organização tática e a eficiência do quarteto ofensivo. Quando o jogo coletivo não funciona, Neymar assume a responsabilidade, atraindo a marcação e desestabilizando os adversários com dribles e assistências improváveis.
Fernandinho, volante do Manchester City, deve começar a partida contra a Suíça na reserva, e entrar no segundo tempo no lugar de Renato Augusto, Willian ou Philippe Coutinho, conforme as circunstâncias do jogo.
O estilo de jogo que levou ao 7 a 1 parece ter ficado para trás, e o ambiente agradável de Sochi, perto dos amigos e da família, contribui para que a Seleção mantenha a serenidade antes da estreia.
Vencer a Suíça coloca o Brasil a três pontos das oitavas de final, e pode renovar a confiança e o entusiasmo daqueles que não se dizem contagiados pelo “clima de Copa”.
Suíça: em busca do equilíbrio – A Copa 2018 é vista pelos suíços como uma oportunidade de superarem a fama de “retranqueiros”. É o que promete o técnico Vladimir Petkovic: atacar, sem perder o equilíbrio defensivo. A fórmula vale não só para o jogo contra o Brasil, mas também contra Costa Rica e Sérvia, demais adversários do grupo E.
Em 2006, a Suíça foi a primeira seleção a ser eliminada na história dos Mundiais sem sofrer um gol sequer. A frustração veio nas oitavas de final: após um empate em 0 a 0, a Ucrânia venceu a disputa de pênaltis.
Na Copa seguinte, em 2010, eles quebraram mais um recorde e ficaram 557 minutos sem sofrer gols – somando as duas edições. Mesmo assim, foram eliminados na primeira fase, porque marcaram apenas um gol em três jogos.
A última edição do Mundial, no Brasil, marcou uma mudança no estilo de jogo suíço. A ousadia e a ansiedade em balançar as redes, porém, comprometeu a solidez defensiva. Na primeira fase, eles foram vazados cinco vezes em uma única partida, contra a França. A eliminação aconteceu novamente nas oitavas de final: 1 a 0 para a Argentina.
Às vésperas da estreia contra a Seleção Brasileira, a Suíça vive um de seus melhores momentos. Embalada pela vitória no último amistoso preparatório, contra o Japão, os adversários do Brasil ocupam a sexta posição no ranking de seleções da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Para repetir o sucesso das Eliminatórias europeias e as boas atuações nos amistosos pré-Copa, a Suíça pretende não apenas marcar o quarteto de ataque do Brasil. A ideia é conter a pressão inicial, valorizar a posse de bola no meio-campo e equilibrar ações ao longo da partida.
O meia Xhedran Shaqiri, do Stoke City, e o volante Granit Xhaka, do Arsenal, serão decisivos para a realização dos planos do técnico Petkovic.