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Brasil bate recorde de novos casos

UESLEI MARCELINO/REUTERS

O Brasil registrou 888 mor­tes decorrentes do novo coro­navírus nas últimas 24 horas – 37 a cada 60 minutos – e já contabiliza, ao todo, 18.859 víti­mas fatais da covid-19, segundo atualização feita pelo Ministé­rio da Saúde nesta quarta-feira, 20 de maio. Em comparação com os 17.971 óbitos de terça­-feira (19), houve um aumento de quase 5% (ou 4,94%).

O número de casos confir­mados da doença no país saltou de 271.628 para 291.579 entre anteontem e esta quarta-feira, com 19.951 novos registros em 24 horas, alta de 7,34% e novo recorde diário. A taxa de letali­dade está em 6,5%. Do total de casos confirmados, 156.037 es­tão em acompanhamento (ou 53,5%) e 116.683 foram recu­perados (40%). Há ainda 3.483 mortes em investigação.

De acordo com o mapa global da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o sexto na lista de países com mais mortes acumuladas por covid-19, e fica atrás apenas de Estados Unidos (92.712), Reino Unido (35.785), Itália (32.330), França (28.135) e Espanha (27.888). O país é o terceiro com mais casos da do­ença, atrás somente da Rússia (308.705) e dos Estados Unidos (1.540.661).

Nos dois indicadores, é preciso considerar também a população dos países, uma vez que o Brasil é mais populoso do que nações como Reino Unido, Itália e Espanha. Até o início da noite de hoje, já haviam sido re­gistrados 4,96 milhões de casos confirmados em todo o mundo. Conforme ressalta o Ministério da Saúde, os novos registros em 24 horas não indicam efetiva­mente quantas pessoas falece­ram ou se infectaram de um dia para o outro, mas sim o número de registros que tiveram o diag­nóstico de coronavírus confir­mado nesse intervalo.

O número de novos fale­cimentos foi menor do que o registrado anteontem, quan­do foram contabilizadas 1.179 mortes. São Paulo se mantém como epicentro da pande­mia no país, concentrando o maior número de falecimen­tos (5.363). O estado é segui­do pelo Rio de Janeiro (3.237), Ceará (1.900), Pernambuco (1.834) e Amazonas (1.561).

Além disso, foram regis­tradas mortes no Pará (1.633), Maranhão (634), Bahia (362), Espírito Santo (341), Alagoas (251), Paraíba (230), Minas Ge­rais (177), Rio Grande do Norte (170), Rio Grande do Sul (161), Amapá (142), Paraná (137), Santa Catarina (94), Rondônia (90), Piauí (87), Goiás (78), Acre (76), Distrito Federal (77), Sergi­pe (69), Roraima (64), Tocantins (42), Mato Grosso (32) e Mato Grosso do Sul (17).

Já em número de casos con­firmados, o ranking tem São Paulo (69.859), Ceará (30.560), Rio de Janeiro (30.372), Ama­zonas (23.704) e Pernambuco (22.560). Entre as unidades da federação com mais pesso­as infectadas estão ainda Pará (18.135), Maranhão (15.114), Bahia (11.197), Espírito San­to (8.092) e Paraíba (5.838). O exame de contraprova para o diagnóstico do novo coronaví­rus do vice-presidente Hamil­ton Mourão deu negativo para a presença do vírus.

Com a marca de 1.179 mil mortes na terça-feira (19), a pandemia do novo coronaví­rus se tornou a principal causa de mortes por dia no Brasil. A covid-19 superou a média de óbitos diários por câncer, que no ano passado matou mais de 230 mil pessoas no país, e por doenças isquêmicas do coração, grupo que inclui o enfarte e mata mais de 100 mil brasileiros por ano. Os núme­ros do Ministério da Saúde mostram que, em média, as doenças do aparelho circu­latório causaram 987 mortes por dia em 2019.

Esse grupo de doenças in­clui desde acidentes cerebrais vasculares (AVCs) até enfartes, uma das maiores causas para mortes no país, com mais de 94 mil vítimas por ano – ou 258 pessoas por dia. Já o câncer ma­tou em média 613 pessoas por dia no ano passado. As mortes diárias por coronavírus supera­ram esse patamar há doze dias, quando os óbitos pela pande­mia ultrapassaram a barreira dos 700 em um só dia, de acor­do com os números divulgados pelo Ministério da Saúde.

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