Tribuna Ribeirão
Política

Boulos desiste de disputar o governo

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

Guilherme Boulos (PSOL) anunciou que vai desistir de sua pré-candidatura ao go­verno de São Paulo e, em vez disso, irá se candidatar para o cargo de deputado federal. A decisão foi anunciada nesta se­gunda-feira, 21 de março, pelo líder do Movimento dos Tra­balhadores Sem Teto (MTST). Como justificativa, Guilherme Boulos afirmou que busca for­talecer a bancada do PSOL no Congresso Nacional.

Argumenta que o partido defende “pautas que precisam ter mais visibilidade e voz” no Legislativo. “Tomei a decisão de ser candidato a deputado federal por uma razão: ajudar a construir uma grande banca­da de esquerda no Congresso”, diz. “Hoje o Centrão governa o Brasil. Precisamos ter força para a reforma trabalhista, o teto de gastos e aprovar mu­danças populares”, diz.

O Partido Socialismo e Li­berdade defende um “revogaço” caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição. Outro pon­to defendido pelo psolista é uma “unidade da esquerda para der­rotar os tucanos e o bolsona­rismo” em São Paulo, fazendo um aceno ao pré-candidato do Partido dos Trabalhado­res para o Palácio dos Ban­deirantes, Fernando Haddad.

Alckmin
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin anun­ciou na sexta-feira (18), em publicação no Twitter, que irá se filiar ao Partido Socialis­ta Brasileiro (PSB). Alckmin, que esteve durante 33 anos no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), migra de le­genda para ser candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela corrida ao Planalto.

“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu deci­di caminhar com o Partido Socialista Brasileiro (PSB). O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu o ex-tucano nas redes sociais.

Na postagem, Alckmin fez referência ao ex-governador Eduardo Campos ao mencio­nar a frase “não vamos desistir do Brasil”, citada pelo então presidenciável. Campos mor­reu em um acidente de avião em 2014 durante campanha presidencial daquele ano.

Como mostrou o jornal Folha de S. Paulo, a filiação do ex-tucano vai ocorrer na próxima quarta-feira (23), em Brasília, às dez horas. Alckmin recebeu convites para se filiar ao PV ou ao Solidariedade, mas optou pelo PSB para for­mar aliança em torno de Lula. A previsão é de que, após a filiação, o ex-governador seja formalmente indicado para ser vice na chapa do petista.

Aliança
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, voltou a dizer nesta segunda-feira que a legenda, juntamente com MDB e União Brasil, com a possibilidade de in­cluir Podemos, deve anunciar no dia 1º de junho candidatu­ra única ao Planalto.

“MDB, União Brasil e PSDB tiveram espírito público de aceitar condicionarem o re­sultado aos critérios da escolha desse candidato único”, afirmou Araújo durante ato de filiação ao PSDB do senador Alessandro Vieira, que se colocou como pré-candidato ao governo de Sergipe pelo partido.

PSDB indicou o nome do governador João Doria como pré-candidato à disputa ao Planalto. Já o MDB anunciou o nome da senadora Simone Tebet (MS). Os tucanos ne­gociam, ainda, formação de federação com o Cidadania, mecanismo que garante “fu­são” durante quatro anos en­tre as legendas.

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