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Botafogo visita o frágil Ituano 

Pantera busca manter sequência invicta e pode afundar adversário no Z-4 

Pantera vislumbrou vitória diante do Sport, mas sofreu empate no fim (Raul Ramos) 

Por Hugo Luque 

O horário é de Série A, mas neste domingo, às 16h, o Botafogo entra em campo pela 14ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, contra o Ituano, no Estádio Novelli Júnior, em Itu (SP). 

 O Pantera defende uma sequência invicta de cinco partidas e pode, além de se aproximar do G-4, afundar ainda mais o adversário na zona de rebaixamento. 

Na 19ª colocação, o Galo de Itu tem apenas oito pontos somados e a pior defesa de toda a divisão: são 30 gols sofridos em apenas 13 jogos – média de 2,3 tentos cedidos por duelo. A última vitória da equipe foi em 26 de maio, por 2 a 0, contra a Ponte Preta. 

Desde então, em seis confrontos, o time soma dois empates e quatro derrotas, incluindo na última rodada, fora de casa, diante do Ceará, por 4 a 2. As estatísticas ainda deixam evidente que o principal culpado pelo momento do Ituano é, de fato, o setor defensivo. Isso porque, embora tenha a pior retaguarda do nacional, o adversário botafoguense tem, curiosamente, um dos melhores ataques – superior até mesmo que o do líder Avaí. 

São 16 tentos anotados, atrás somente de Santos, Ceará, Goiás e América-MG. Para o volante Carlos Manuel, esse bom desempenho dos homens de frente do rival requer atenção redobrada. 

“Como todos sabem, Série B todo jogo é difícil, é uma guerra. A equipe do Ituano é muito qualificada, já demonstrou a qualidade deles. Eles fazem muitos gols, então é inibir isso o máximo possível e tentar sair de lá com o resultado positivo”, disse. 

Carlos, inclusive, também teve seu momento de artilheiro na última rodada. Diante do Sport, o Tricolor empatou em 1 a 1, no Estádio Santa Cruz, e o gol que abriu o placar foi do meio-campista. No entanto, o empate cedido nos acréscimos do segundo tempo, após um pênalti marcado a favor do rival pernambucano, deixou um gosto amargo, mas também serviu de motivação. 

“Nossa mentalidade é sempre tentar vencer os jogos, tentando jogar da melhor forma em relação ao que o Paulo passa para a gente e fazer um bom jogo. Esse é o nosso lema: fazer um bom jogo e conquistar os três pontos. Acho que o empate serviu para nos motivar e fortalecer enquanto grupo, para nos mantermos firmes e trabalharmos durante a semana para que a gente possa buscar os três pontos contra o Ituano”, acrescentou. 

O resultado interrompeu em quatro a sequência de vitórias consecutivas do Botafogo na Série B e deixou o time com 17 pontos, no meio da tabela. No entanto, os comandados de Paulo Gomes permanecem invictos há cinco rodadas, com triunfos sobre Santos, Vila Nova, Ponte Preta e Operário. 

Em todas as competições, porém, a invencibilidade foi quebrada pelo time alternativo que disputa a Copa Paulista e perdeu, na estreia, para o Monte Azul, em casa, por 2 a 0. Já no último jogo, fora de casa, com o Barretos, na terça-feira, empate sem gols. 

Para o meia-atacante Gustavo Bochecha, todavia, o bom momento de sua equipe, aliado à fase ruim do rival, não deve fazer o embate ficar mais fácil. Muito pelo contrário. Afinal, os ribeirão-pretanos já passaram por situação parecida no início da campanha, quando passaram nove jogos sem vencer em todas as competições. 

“A preparação vem sendo normal, como em todos os jogos. Como a gente sempre diz, é jogo a jogo. Por mais que o Ituano esteja nessa posição, ela é momentânea. A gente também já passou por momentos difíceis na competição, então temos de respeitar o Ituano, porque eles têm grandes jogadores e um grande treinador, com quem já tive o prazer de trabalhar. Então é manter a humildade e terminar a semana bem para fazermos, no domingo, um grande jogo”, comentou, durante a semana, o atleta. 

Desfalques e retornos 

Desde a última semana, Paulo Gomes vive uma dor de cabeça para escalar a equipe. Contra o Sport, o técnico português teve diversos desfalques, incluindo todos os três homens de meio-campo. Dois deles, contudo, estarão novamente à disposição neste domingo: João Costa e o próprio Bochecha. 

Em sua última partida, o meia-atacante foi fundamental na vitória tricolor sobre o Operário. Com um a menos, o Pantera lutou e, em um ataque letal, Bochecha cortou o marcado e bateu no canto para marcar o único tento do jogo, seu primeiro pelo clube. 

“Foi um gol especial para mim, porque vinha me cobrando há algum tempo e a gente vinha brincando que eu só fazia gol contra o Botafogo. Saiu num momento em que a gente precisava, porque o jogo contra o Operário foi difícil, fora de casa, a gente com um jogador a menos, e espero que saiam outros no decorrer da competição”, projetou. 

Na defesa, o treinador também terá os retornos de Matheus Costa e Lucas Dias. Os quatro jogadores – dois volantes e dois zagueiros – cumpriram suspensão na última rodada. 

Contudo, os desfalques continuam. O ponta Emerson Negueba, suspenso por acúmulo de amarelos, se juntou ao atacante Thalles e ao volante Matheus Barbosa, que estão no departamento médico, e não entrará em campo. 

Por fim, Jonas Toró também está fora. O contrato de empréstimo do atleta, cedido pelo Panathinaikos, da Grécia, venceu no último domingo e agora o estafe do jogador, junto da diretoria do Pantera, tenta um retorno, o que só poderá acontecer a partir de quarta, quando abre a janela de transferências. 

“Em relação ao Toró, a gente está conversando. Ele é emprestado, pertence ao Panathinaikos e a gente tem interesse na permanência, porque está adaptado, mas não temos ainda uma definição, porque não temos o retorno ainda do clube de origem. A prioridade é o setor ofensivo, sim”, afirmou o executivo de futebol Juliano Camargo. 

O primeiro reforço, inclusive, já foi anunciado na última quinta: o centroavante Alexandre Jesus, emprestado pelo Fluminense até o fim do ano. Porém, ele será reforço dentro de campo somente com a abertura da janela. 

Em 34 jogos oficiais entre Botafogo e Ituano, o equilíbrio predomina. São 11 vitórias do Pantera, 13 empates e dez triunfos do Galo. Nos últimos seis encontros, porém, nenhuma vitória do Tricolor – foram três derrotas e três empates, entre eles no último Paulistão, sem gols. 

Para quebrar o jejum, um provável time titular tem: João Carlos; Wallison, Fábio Sanches, Schappo e Jean Victor; João Costa, Carlos Manuel (Fillipe Soutto) e Bochecha; Patrick Brey (Leandro Pereira), Baggio e Alex Sandro. 

 

 

 

 

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