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Botafogo faz jogo pouco inspirado e empata sem gols com CRB

Resultado deixa Pantera ‘estacionado’ na beira da zona de rebaixamento

Foto: Raul Ramos

Por Hugo Luque

Não foi uma boa noite de futebol para os 1.419 torcedores que foram ao Estádio Santa Cruz na noite de terça-feira e acompanharam o empate em 0 a 0 entre Botafogo e CRB. Com pouca criatividade de lado a lado, o placar sintetizou o que foi a partida.

Mesmo com desfalques e o mando de campo, o Pantera não abriu mão de seu estilo reativo de jogar. Pelo contrário, a equipe foi escalada ainda menos aguda do que de costume, com dois laterais fazendo funções diferentes pela esquerda. O resultado foi alguma pressão dos visitantes, que ocupam um posto dentro da zona de rebaixamento, poucas oportunidades do time da casa a ainda menos efetividade.

Com a igualdade, o Tricolor chegou a seu terceiro jogo sem gols e sem vencer. Além disso, os ribeirão-pretanos continuam à beira do Z-4, na 15ª colocação, com 31 pontos e uma partida ainda por disputar. O CRB é o 19º, com 27.

O próximo desafio do Bota será no sábado, às 17h, fora de casa, contra o Vila Nova.

O jogo

Sem Victor Andrade, suspenso, havia a expectativa que Paulo Gomes pudesse abandonar o esquema de três zagueiros e lançasse seu time mais ao ataque. Não aconteceu, e o comandante português mais uma vez investiu na retaguarda reforçada. Patrick Brey ficou incumbido de cuidar da ponta esquerda, logo à frente de Jean Victor. Com bola rolando, o primeiro tempo foi morno.

Pouco inspirado, o Botafogo sofreu pressão e, aos 23, Saimon quase abriu o placar para o CRB. Gegê cobrou escanteio e o jogador obrigou João Carlos a trabalhar. A resposta tricolor veio oito minutos mais tarde, com Alexandre Jesus – que não marca há um mês (seis jogos). O centroavante aproveitou cruzamento de Jean Victor e lamentou quando Matheus Albino, ex-Pantera, defendeu. A última chance veio em batida de longa distância de Patrick Brey, para fora.

Na etapa complementar, o técnico botafoguense decidiu mudar e promoveu o retorno de Alex Sandro, fora por lesão desde 21 de julho. Ele também colocou Emerson Negueba pela direita, o que deu mais amplitude à equipe e velocidade à partida. Entretanto, no quesito chances reais, o segundo tempo foi quase tão fraco quanto o primeiro, salvo alguns momentos específicos.

O Pantera pouco criava e via o Galo cada vez mais à vontade em campo. Aos 23 minutos, Gegê, em impedimento, recebeu passe dentro da área, foi travado e, na sobra, Rafael Bilu finalizou com estilo para o fundo da rede. O tento alagoano, contudo, foi imediatamente anulado pela assistente. Logo depois, o zagueiro Raphael Rodrigues quase abriu o placar para os mandantes, mas parou novamente em Albino.

O resumo do confronto foi uma investida ofensiva protagonizada por Patrick Brey, aos 41 minutos. O atleta recebeu a bola pela esquerda, com espaço para chutar, mas fez o movimento de cruzamento. No fim das contas, não fez nem um, nem outro e ouviu a fúria da torcida. Ainda deu tempo de mais uma última grande chance, aos 47, quando Anselmo Ramon, na pequena área, parou em uma fundamental defesa de João Carlos. O arqueiro foi um dos poucos pontos positivos do Bota na noite.

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