O Botafogo volta a campo nesta quarta-feira, às 20h, diante do Ituano, pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No Estádio Santa Cruz, as equipes fazem duelo importante na briga contra o rebaixamento.
Oscilante desde o início da competição, quando ainda era comandado por Paulo Gomes, o Pantera tem desanimado seu torcedor pelo desempenho em campo e pela falta de uma sequência positiva mais longa. Mesmo assim, conta com o apoio da torcida para evitar a queda para a Série C do ano que vem.
No domingo, o time ribeirão-pretano foi derrotado pelo Sport, na Ilha do Retiro, por 3 a 1. Além de poupar alguns atletas para o duelo contra o Galo de Itu, Márcio Zanardi também precisou ‘quebrar a cabeça’ para lidar com os vários desfalques, a maior parte deles por lesão.
Do outro lado, a equipe adversária está desesperada por conta da situação na tabela, agravada pela derrota para o Ceará, em casa, no sábado, por 2 a 1. O revés causou a demissão do técnico Alberto Valentim, que assumiu o clube na reta final do Campeonato Paulista – o time terminou rebaixado.
Agora, o Ituano é o 19º colocado, com os mesmos 31 pontos do lanterna Guarani. O Botafogo, por sua vez, é o 16º, na ‘boca’ do Z-4, e soma 36 pontos. Caso tropece, o Tricolor pode ser ultrapassado, ainda nesta rodada, pela Ponte Preta, que tem 35, ou até mesmo pelo Brusque, com 33. A dupla, que vem logo abaixo do Pantera, também se enfrenta nesta quarta, às 19h.
Um resultado positivo, no entanto, além de afundar de vez o Ituano, rival direto, pode reanimar a arquibancada e afastar as chances de descenso, que, segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), são de 32,8%. Segundo o cálculo, o Bota só tem menos chances de queda do que Chapecoense (34,4%), Ponte Preta (52,8%), Brusque (60,9%), Guarani (82,9%) e o próprio Ituano (87,2%).
Será, ainda, o confronto entre o quarto pior ataque (Botafogo, com 29 gols feitos) e a defesa mais vazada (Ituano, 52 sofridos) da Série B. Os times têm evidentes problemas, entre eles o retrospecto recente. Nas últimas cinco rodadas, o Pantera venceu uma vez, empatou duas e perdeu outras duas. Já o Galo foi derrotado quatro vezes e bateu somente o Guarani neste recorte.
Os clubes não se aproximam somente na fase ruim que vivem atualmente. Na história do embate, predomina o equilíbrio: 11 vitórias para cada lado e 13 empates. Neste ano, foram dois encontros, com um empate sem gols pelo Paulistão e uma vitória do Ituano por 3 a 2, em julho, no primeiro turno da Série B.
Escalação
Questionado por ter preservado importantes nomes contra o Sport, Márcio Zanardi deixou claro que, embora a ideia fosse fazer o melhor jogo possível com o que tinha à disposição no Recife (PE), o foco da semana era derrotar o Ituano em casa, até pela proximidade entre as equipes na tabela.
Contra o clube nordestino, que disputa o título ponto a ponto com o Santos, o técnico levou a campo um time sem Douglas Baggio, Victor Andrade, Alex Sandro e Alexandre Jesus, principais peças ofensivas. Além disso, Sabit, suspenso, não pôde jogar, e uma lista de desfalques por contusão interferiu na escalação.
“Não é fácil criar uma estratégia pensando em dois jogos, com muitas lesões e muitos cartões. Não tenho dúvidas que vamos buscar os três pontos. Vai ser um jogo muito difícil contra o Ituano. Temos que respeitar muito, mas é um jogo importante dentro de casa”, destacou Zanardi.
Sabit está de volta. Entretanto, o lateral-direito Wallison, titular nas duas últimas rodadas, recebeu o terceiro amarelo e está fora – Thassio e Negueba, que já atuou improvisado como ala, devem brigar pelo posto, já que Pedro Costa continua fora de ação com uma lesão. O zagueiro Fábio Sanches, com dores na panturrilha, é dúvida.
Caso Zanardi mantenha o esquema com três defensores, um provável time titular tem: Victor Souza; Raphael, Ericson (Fábio Sanches) e Schappo; Thassio (Negueba), Sabit, Carlos Manuel (Bochecha) e Jean Victor; Douglas Baggio, Victor Andrade e Alex Sandro.