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Botafogo encara Sport no Recife 

Tricolor ainda luta contra o rebaixamento; Leão busca encaminhar acesso 

Jogo do primeiro turno terminou empatado em 1 a 1, em Ribeirão Preto (Raul Ramos) 

Por Hugo Luque 

O Botafogo volta a campo neste domingo para enfrentar o Sport, às 19h30, na Ilha do Retiro, pela 32ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No Recife (PE), o Pantera quer continuar sua ascensão sob comando de Márcio Zanardi para se manter longe da zona de rebaixamento. 

Com 36 pontos, o time de Ribeirão Preto está fora da degola, mas precisa de pontos para não correr riscos. Para isso, será importante manter a fama que conquistou ao longo da temporada de jogar bem contra fortes rivais, sobretudo fora de casa. 

Neste ano, o Tricolor teve algumas de suas melhores atuações, ainda com Paulo Gomes no comando técnico, contra equipes mais fortes, como o Palmeiras, na Copa do Brasil, e clubes acima na tabela de classificação do Brasileiro – Santos e Mirassol, por exemplo. 

A posição na tabela não necessariamente garante pontos a quem está no topo. Por isso, o Sport, que ocupa um posto no G-4 e sonha, além do acesso, com o título, deve ficar atento. 

“É um campeonato muito disputado, sempre falei isso da Série B. A gente tem de ter muita atenção, mas o principal de tudo é fazer nosso papel. É fazer nosso melhor jogo no Recife, encaixar rápido, poder ver as estratégias que temos para desempenharmos lá dentro em busca dos três pontos”, comentou o zagueiro Ericson, que também espera um Botafogo preparado para atacar. 

“Para nós, é fundamental. A gente vai tentar de tudo, tenho certeza disso, porque o Zanardi é um cara que pensa muito para a frente. Vamos nos adequar a esse pensamento e vamos tentar trazer esses três pontos de lá”, acrescentou. 

Zanardi, é claro, não revela os detalhes do que planeja fazer para surpreender o Leão da Ilha, mas confirma que sua estratégia passa longe de formar uma ‘retranca’ para proteger o gol. 

“A gente vai fazer a estratégia para encaixar melhor, não vou lá para só defender, não dá. Jogar na Ilha do Retiro só se defendendo, com 30 mil pessoas, é dar um tiro no pé. Precisamos ir lá, guerrear e buscar os três pontos. Claro que, por tudo o que está acontecendo, eles vão querer fazer a festa, mas temos de buscar nosso resultado. Nossa competição é outra, mas vamos competir demais, porque o Botafogo vai para lá buscar a vitória”, afirmou. 

Importante descanso 

Na quarta-feira, o Sport teve a festa citada pelo técnico botafoguense estragada pelo Operário-PR, curiosamente também o último adversário do Pantera. Em duelo atrasado da 16ª rodada, os pernambucanos tinham a chance de empatar em pontos com o Santos, mas foram batidos pelo Fantasma por 2 a 1. Com um jogo a menos em relação ao Peixe, o clube nordestino dependeria só de si, em caso de triunfo, para garantir o título. 

Além do revés, que quebrou a sequência invicta de oito partidas do técnico Pepa, contratado recentemente, à frente do time, o Rubro-Negro também terá de lidar com o desgaste maior em relação ao do adversário paulista. O Botafogo jogou pela última vez no sábado, no empate sem gols com o Operário. 

“Um jogo bem desgastante tanto para eles quanto o Operário, no mesmo cenário que a gente teve. Temos de recuperar bastante, acredito que chegaremos muito melhores fisicamente, mas temos de chegar melhores fisicamente, mentalmente e taticamente, precisamos trabalhar bastante”, comentou Zanardi, que acredita no poder de uma boa semana de treinos. 

“Sabemos que é difícil, mas a gente [quer] recuperar bem e treinar bem. Quando a semana é boa e você consegue encaixar, automaticamente as coisas começam a melhorar. É um momento delicado, mas nós estamos evoluindo”, acrescentou. 

O crescimento de produção do Botafogo se traduz no retrospecto. Com o novo técnico, a equipe conquistou quatro pontos e fez três gols em três jogos. Para efeito de comparação, nas três partidas derradeiras de Gomes, o antecessor no cargo, o Tricolor conseguiu apenas um ponto e não marcou gols. Entre os dois treinadores, o auxiliar Ivan Izzo esteve à beira do campo no empate em 1 a 1 com o Vila Nova. 

Adversário indigesto 

Para desempenhar ainda melhor, o Pantera precisa, na avaliação do defensor Ericson, ser mais constante. Um problema já mencionado por Zanardi e observado também pelos torcedores é a mudança de atitude do primeiro para o segundo tempo dos jogos. Normalmente, o time começa num ritmo mais lento, mas costuma evoluir após o intervalo, especialmente quando larga em desvantagem no placar. 

“Claro que não podemos sair atrás toda hora, mas é entender as circunstâncias do jogo. A gente pensa uma coisa, mas às vezes a gente chega e é outra. Temos de nos adequar rápido e acho que nos adequamos rápido a todos os momentos”, opinou o jogador. 

Caso faça uma atuação sólida, o Botafogo tem mais chances de quebrar um incômodo jejum, o de não bater o Sport desde o Brasileirão de 2001, quando foi à Ilha do Retiro e saiu com a vitória por 2 a 1. 

Desde então, foram oito encontros, com três empates e cinco derrotas. Em toda a história, são três triunfos tricolores, cinco rubro-negros e quatro empates em 12 jogos. O último deles terminou em igualdade: 1 a 1, no Santa Cruz, pelo primeiro turno, em junho. 

Para escalar o 11 inicial, Zanardi terá de lidar com uma lista de desfalques. Entre eles, o meia Felipinho, que, diante do Operário, se tornou o quinto atleta botafoguense na temporada a romper o ligamento cruzado de um dos joelhos. Também estão fora com esse problema o zagueiro Matheus Costa, o volante Matheus Barbosa, o atacante Robinho e o meia Leandro Maciel, que avançou na fase de transição, mas ainda não deve ser relacionado. 

O goleiro João Carlos, com uma fratura na costela, e o lateral-direito Pedro Costa, com um estiramento na coxa, também são ausências. O volante Sabit recebeu o terceiro amarelo e está suspenso. Por outro lado, o zagueiro Bernardo Schappo, que cumpriu suspensão, está à disposição, assim como o volante João Costa, que voltou de um período de treinos com a seleção sub-20. 

Assim, uma provável escalação tem: Victor Souza; Raphael, Ericson e Schappo; Wallison (Negueba), Carlos Manuel (João Costa), Bochecha e Jean Victor; Douglas Baggio, Alex Sandro (Alexandre Jesus) e Victor Andrade. 

 

 

 

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