Botafogo e Trexx se aproximam de acordo

O Botafogo Futebol Clube (BFC) e a Trexx Holding, par­ceira do clube na formatação da Botafogo S/A (BFSA) e capi­taneada pelo empresário Adal­berto Baptista, estão próximos de um acordo para melhorar as condições do contrato firmado entre as partes na construção da BFSA.

Os dois novos indicados do BFC ao conselho da BFSA, Alexandre Bortolato e Virgílio Pires Martins, estiveram em reunião com Adalberto Baptis­ta na última quinta-feira (12), em São Paulo.

Na reunião, os represen­tantes do BFC apresentaram a contraproposta do clube em relação à nova formatação do acordo. O Botafogo Futebol Clube reclama que não tem condições de arcar com as contas do Reffis e do Ato Tra­balhista, porque não tem renda suficiente para quitar os débi­tos mensais.

Segundo Virgílio, em entre­vista ao site WSports, Baptista aceitou a proposta feita pelo BFC e vai assumir o pagamen­to dos valores referentes ao Ato e o Reffis. As rendas obtidas com a loja oficial e cadeiras cativas vão permanecer sobre posse do clube.

“Ele aceitou todas as con­dições impostas pelo Botafogo para a parceria continuar, as­sumindo, inclusive, os valores do Reffis e do Ato Trabalhista. Uma minuta será feita e entre­gue ao Adalberto e ao Conse­lho Deliberativo, para aprova­ção e apreciação. Se aprovada, um novo acordo será selado”, afirmou Virgílio.

Em contrapartida, segundo fontes ligadas ao BFC, exis­te a possibilidade de a Trexx Holding passar a ter uma por­centagem maior da BFSA. No acordo atual, está estabelecido que o Botafogo possuí 60% e a Trexx 40%.

Oficialmente a negociação corre em sigilo e nenhum dos lados confirmou os termos do acordo que ainda precisa passar pela aprovação do Conselho De­liberativo do Botafogo Futebol Clube. A BFSA informou que se trata de um assunto interno e que não vai se manifestar.

Um dos participantes da reunião, Bortolato afirmou que prefere não se pronunciar no momento para que as negocia­ções não sejam atrapalhadas.

“Eu não vou falar sobre o as­sunto, por uma questão institu­cional do clube. Vou me reservar ao direito de ficar em silêncio nesse momento. Hoje, mais im­portante do que dar uma expli­cação para o público, é resolver o problema do Botafogo”, disse.