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BOSQUE FÁBIO BARRETO – Setor de répteis tem novos moradores

No início de abril, em par­ceria com a Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo de Fauna Silvestre (Depave-3), localizada na capital paulista, o Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto rece­beu exemplares de três espécies de lagartos e de outras nove de serpentes provenientes de apre­ensões na região metropolitana de São Paulo.

Segundo o diretor do zo­ológico, Alexandre Gouvea, o acolhimento dos animais tem um propósito. “Seja a conser­vação, reprodução das espécies nativas e exóticas ou apenas o fato de oferecer uma vida me­lhor a animais vítimas de tráfi­co”, explica. Os animais podem ser vistos no prédio do Terrário do Bosque Fábio Barreto, pró­ximo à praça de alimentação e portaria da rua Tamandaré.

O Bosque e Zoológico Mu­nicipal Doutor Fábio de Sá Bar­reto é um espaço de área verde de 250.880 metros quadrados, no Morro do São Bento. Conta com aproximadamente 630 ani­mais de 110 espécies, entre aves, peixes, mamíferos e répteis, além do Jardim Japonês e do Mirante. Entre suas principais atrações destacam-se antas, onças pinta­das, macacos, ursos, serpentes, entre outras espécies. A entrada é franca. Fica na rua Liberdade s/nº, nos Campos Eliseos, e abre à visitação pública de quarta-feira a domingo, das nove ás 17 horas.

 

 

Répteis recebidos pelo zoo municipal

Iguana-verde (Iguana iguana)
Espécie de lagarto pertencente à família Iguanidae, cuja distribuição inclui as Américas, a maioria das ilhas oceânicas associadas ao continente, Madagascar e as ilhas do centro-oeste do Pacífico. Ocupa grande diversidade de habitats e micro-habitats, viven­do em árvores, sobre rochas, no chão e próximo a cursos d’água. A espécie Iguana iguana pode atingir cerca de 1,80 metros de comprimento e pesar até seis quilos quando adulta.
Assim como outros lagartos herbívoros, a iguana se expõe ao sol para manter a temperatura corporal, facili­tando a digestão do alimento. Sua dieta é bastante diversi­ficada, podendo se alimentar de folhas, brotos, flores e frutos. No recinto do zoo, há uma de El Salvador, de coloração ala­ranjada devido às modificações externas nos exemplares que vivem no México.

Jiboia-amazônica (Boa constrictor constrictor)
Espécie de serpente pertencente à família Boidae, com distribuição desde os países Trinidad e Tobago, Ilha Margarita, Venezuela, Guianas, Suriname e bacia Amazônica. Ocupam grande diversidade de habitats, desde florestas, capoeiras, savanas, roçados até zonas urbanas. É considerada uma das mais boni­tas entre as jiboias.
Pode atingir quatro metros de comprimento e pe­sar 50 quilos. Possui coloração predominante marrom­-claro com manchas marrom-escuro, podendo apresen­tar tonalidades avermelhadas na cauda. Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves e lagartos. A espécie de serpen­te silvestre mais comumente vendida como pet, tanto legal quanto ilegalmente.

Salamanta-amazônica (Epicrates cenchria cenchria)
Espécie de serpente pertencente à família Boidae, também conhecida como jiboia-arco-íris, ocupa desde o Leste da Ve­nezuela, Guianas, região Amazônica do Brasil e Peru, viven­do em lugares úmidos das matas e capoeiras próximas de rios e igarapés. De coloração predominantemente ver­melha no dorso, com manchas arredondadas negras e ventre branco, essa serpente é considerada uma das mais bonitas.
A denominação se deve ao seu reflexo brilhan­te iridescente sob o sol, com tons verdes e azuis, originado por suas escamas, como se fosse uma fina camada de óleo sobre a água. Possuí hábitos semi-arborícolas e terrestres e está sempre próxima a troncos, pedras ou arbustos. Por possuir estes hábitos, sua alimentação consiste de ratos e pequenas aves. Seu corpo é bastante robusto e pode chegar a medir 1,3 metro de comprimento.

Salamanta-do-sudeste (Epicrates cenchria crassus)
Espécie de serpente pertencente à família Boidae, como a anterior, também recebe o nome de Jibóia-arco-íris devi­do a sua coloração quando exposta ao sol. Diferentemente da espécie amazônica, é encontrada no Paraguai, Bolívia, Argentina e no Brasil habita as regiões Centro-Oeste, Su­deste e Sul. Assim como as demais espécies de salamanta, é um animal muito visado pelo tráfico devido a sua beleza e docilidade.

Píton-real (Python regius)
Espécie de serpente pertencente à família Pythonidae, é uma das menores espécies de Pítons do mundo, uma es­pécie tímida e reservada por natureza, pouco se sabe desta espécie em vida livre. Habita o continente africano, no oes­te central e ocidental da África do Sul. Atinge, em média, de 120 a 150 centímetros de comprimento.
Como é uma das espécies mais criadas como pets em todo o mundo, existem inúmeros padrões de cor modifica­dos geneticamente no decorrer dos anos. Também chama­da de píton-bola, devido ao comportamento de se enrolar como uma bola para proteger a cabeça contra predadores. Alimenta-se de pequenos roedores e aves.

Dragão-barbado (Pogona vitticeps)
Espécie de lagarto pertencente à família Agamidae, é originá­ria da Austrália, vivendo em zonas secas onde a paisagem é do­minada por rochas, areia e escassa em vegetação. Alimenta-se predominantemente de insetos, mas à medida em que cresce, a base de sua dieta passa a ser a vegetação, como folhas, flo­res e bagas.
Pode atingir até 60 centímetros de comprimento. A espécie adquiriu bastante popularidade, não só pelo tamanho reduzido e facilidade para ser mantida em cativeiro, como também pelo seu temperamento dócil e tolerante ao contato humano.

Milk-snake (Lampropeltis triangulum sp)
Espécie de serpente pertencente à família Colubridae, ha­bita bordas de florestas coníferas ou decíduas, mas também pode ser encontrada em florestas de madeira tropical, flores­tas abertas, pradarias secas ou úmidas, savanas, encostas rochosas, pequenos riachos ou pântanos e áreas agrícolas ou suburbanas do sudeste do Canadá até a maior parte dos Es­tados Unidos continentais, da América Central até o oeste do Equador e o norte da Venezuela.
Atinge, em média, de 35 a 175 centímetros, dependendo da subespécie. Possui padrão típico de cores, com alternância de bandas de vermelho-preto-amarelo ou branco-preto-ver­melho. No entanto, manchas vermelhas em vez de bandas são vistas em algumas populações. Em vida livre se alimenta de aves, mamíferos, répteis e ovos.

King-snake (Lampropeltis getula sp)
Espécie de serpente pertencente à família Colubridae, ha­bita chaparral da floresta, pastagens, desertos, pântanos e até mesmo áreas suburbanas, dos Estados Unidos e norte do México. Algumas subespécies são coloridas do marrom claro ao preto, enquanto outros são brilhantemente marcados em branco, vermelho, amarelo, cinza e lavanda que formam anéis e listras longitudinais, manchas e faixas em forma de sela. Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, cobras, lagartos, anfíbios e ovos de aves, sendo ocasionalmente canibais. Tan­to king-snake quanto milk-snake têm grande mercado em países com o comércio legal.

Corn-snake (Pantherophis guttatus)
Espécie de serpente pertencente à família Colubridae, habita campos de mato alto, podendo ser encontrada em clareiras de florestas e árvores desde os Estados Unidos até o México e ilhas adjacentes. Por se tratar da espécie de serpente mais criada mundialmente como pet, foram criados inúmeros padrões de cor desde as completamen­te brancas, até as quase pretas, passando por inúmeras tonalidades de cores. Originalmente, o padrão selvagem é normalmente composto por manchas vermelhas e ar­redondado na zona dorsal, que contrastam normalmente com um fundo acinzentado ou alaranjado, tendo o ventre padrão xadrez preto e branco. Alimenta-se em vida livre de roedores e aves.

Teiú-argentino (Tupinambis rufescens)
Espécie de lagarto pertencente à família Teiidae, ha­bitam pradarias e savanas inundadas, matagais mon­tanhosos temperados do oeste da Argentina e Uruguai. Desenvolvem coloração vermelha à medida que amadu­recem; os machos geralmente são mais brilhantes que as fêmeas. As fêmeas podem atingir 90 centímetros de comprimento e os machos são significativamente maio­res, chegando a 140 centímetros e desenvolvendo gran­des papadas.
Alimentam-se em vida livre de camundongos, ratos, peixes, caracóis, ovos, insetos, frutas e folhas. Nesta época do ano, os répteis necessitam ainda mais de atenção por serem dependentes do calor para regularem a tempera­tura corporal. É necessário o uso de fontes de aquecimento para que se mantenham saudáveis.

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