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Bombardeio a shopping mata oito civis

THOMAS PETER/REUTERS

Apesar das constantes ne­gativas da Rússia de que este­ja mirando em prédios civis, um bombardeio atingiu um shopping center de Kiev na noite de domingo, 20 de mar­ço, matando pelo menos oito pessoas e destruindo prédios próximos. Nesta segunda-fei­ra (21), autoridades de Odes­sa acusaram as forças russas de realizar um ataque a edifí­cios residenciais.

O ataque com mísseis rus­sos reduziu o amplo shopping center Retroville em Kiev a uma ruína fumegante, um dos ata­ques mais poderosos a abalar o centro da capital ucraniana desde o início da guerra no mês passado. Autoridades da cida­de confirmaram ao menos oito pessoas mortas, embora o nú­mero provavelmente aumente.

Poder de fogo
A explosão foi tão pode­rosa que jogou escombros a centenas de metros em todas as direções, sacudiu prédios e derrubou uma parte do sho­pping transformando o esta­cionamento em um mar de chamas. Nesta segunda-fei­ra, cerca de oito horas após o ataque, os bombeiros ainda lutavam contra as chamas en­quanto soldados e equipes de emergência vasculhavam os escombros em busca de sobre­viventes ou vítimas.

Embora Kiev esteja sob bombardeio há semanas, o al­cance da devastação ao redor do shopping foi maior do que qualquer coisa relatada pela imprensa até agora, segundo o The New York Times. As forças armadas ucranianas travaram batalhas ferozes nas cidades ao redor de Kiev e consegui­ram empurrar as forças rus­sas de volta a alguns lugares.

Shopping
Com Kiev aparentemente fora do alcance da artilharia, a Rússia recorreu a foguetes e bombas, muitas vezes visando infraestrutura civil e bairros. O shopping Retroville abrigava um cinema multiplex, uma aca­demia de ginástica e restaurantes de fast food como McDonald’s e KFC, além de uma galeria in­teira dedicada a artigos espor­tivos, entre outras lojas.

Odessa
Autoridades de Odessa acusaram as forças russas de realizarem um ataque a pré­dios residenciais nos arredo­res da cidade ucraniana na manhã desta segunda-feira, o primeiro desse tipo à cidade portuária do Mar Negro. O conselho da cidade disse que não houve vítimas, embora o ataque tenha causado um incêndio. “São prédios resi­denciais onde vivem pesso­as pacíficas”, disse o prefeito Gennadiy Trukhanov.

Após quase um mês de com­bates, a guerra chegou a um im­passe, com a Rússia recorrendo a métodos mais mortíferos e contundentes, inclusive visando civis. O presidente Volodmir Zelensky, dirigindo-se à na­ção durante a noite, disse que um comboio de socorro no nordeste da Ucrânia, perto da cidade de Kharkiv, foi seques­trado pelas forças russas. E os esforços para alcançar cen­tenas de milhares de pessoas presas em Mariupol continu­am cheios de perigo.

ONU
O escritório de direitos hu­manos da Organização das Na­ções Unidas (ONU) disse nesta segunda-feira que já registrou 2.421 vítimas civis desde a in­vasão da Ucrânia pela Rússia. Foram 925 mortos, incluindo 39 crianças, e 1.496 feridos até a meia-noite de domingo. “A maioria das vítimas civis regis­tradas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma am­pla área de impacto, incluindo bombardeios de artilharia pe­sada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mísseis e ataques aéreos”, disse a organiza­ção em comunicado.

A vice-alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados, Kelly Tallman Clements, informou que cerca de dez milhões de pessoas deixaram suas casas na Ucrânia após a Rússia invadir o país e iniciar um conflito mili­tar. O grupo inclui cerca de 6,5 milhões de indivíduos que mi­graram para outras regiões do próprio território ucraniano e outros 3,2 milhões que fugiram para outros países, segundo ela. Clements revelou que 13 mi­lhões de pessoas estão em áre­as em que não conseguem sair para regiões mais seguras.

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