A secretária municipal de Assistência Social, Renata Corrêa Gregoldo, afirmou nesta terça-feira, 5 de abril, em depoimento à Comissão Especial de Estudos (CEE) do Bom Prato, que a prefeitura de Ribeirão Preto propôs reajuste no valor do contrato para a Construsantos Comércio e Construção Civil, de Brodowski, empresa vencedora da licitação do restaurante próximo à Unidade Campus do Hospital das Clínicas.
A CEE é composta pelos vereadores Igor Oliveira (MDB, presidente), Jean Corauci (PSB) e Matheus Moreno (MDB). Em 22 de março, também em audiência da comissão, na Câmara, representantes da empresa afirmaram que há defasagem entre o valor orçado e o custo atual da intervenção. Disseram ainda que se não houver aditamento por parte da prefeitura, a obra pode ser paralisada.
O Bom Prato do HC vai custar R$ 3.663.727,33. Quatro representantes da empresa participaram da reunião e disseram que, para concluir a obra, a construtora necessitava de aditivo de cerca de R$ 727 mil, referente ao aumento de 30,26% no preço de insumos, principalmente o aço, de acordo com cálculos do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).
Entretanto, a prefeitura ofereceu 15% a partir de cálculo baseado no Índice Nacional da Construção Civil (INCC), o que corresponde a um repasse médio de R$ 363 mil. A contraproposta foi entregue para a empresa na segunda-feira (4). A construtora disse que vai analisar o caso e a resposta deve sair até esta sexta-feira (8).
A Construsantos recebeu oficialmente a ordem de serviço do prefeito Duarte Nogueira (PSDB) em dia 24 de fevereiro do ano passado. Pelo contrato, o prazo para conclusão da obra seria de nove meses, com a entrega programada para o final de novembro.
Ainda segundo Renata Corrêa Gregoldo, os dois pedidos anteriores de realinhamento de preço feito pela empresa – o primeiro em 11 de novembro e o segundo no dia 3 de dezembro do ano passado – foram negados por questões técnicas.
No primeiro pedido, segundo a secretária, não foram anexadas as planilhas de custo justificando o pedido de reajuste. Já o segundo foi negado porque a Lei de Licitações (nº 8.666/1993) proíbe realinhamento no contrato antes de doze meses de vigência. Este prazo venceu em 21 de março deste ano. Um novo aditamento de prazo, para a conclusão das obras também foi estabelecido pela prefeitura para 22 de junho.
Local
A segunda unidade da rede Bom Prato em Ribeirão Preto está sendo construída na avenida Governador Lucas Nogueira Garcez nº 500, no bairro Cidade Universitária, na Zona Oeste, a 700 metros da Unidade Campus do HC. O restaurante contará com área total de 2.460 metros quadrados, sendo 1.103 m² de área construída.
Energeticamente sustentável, o prédio funcionará 100% por energia solar, contará com climatização interna e captação de água da chuva para reutilização. Além disso, terá uma ala para estacionamento de vans e ambulâncias, incluindo as vans que transportam os pacientes do restaurante para o Hospital das Clínicas. O projeto executivo custou R$ 70,5 mil.
Produção
Depois de inaugurado, o Bom Prato do HC deverá servir 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados. O valor pago pelos usuários será de R$ 1 e as crianças até seis anos estarão isentas.
Também está previsto o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã R$ 1,96. A diferença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das refeições será subsidiado pela esfera pública. A unidade será operada pelo Instituto Protagonismo.