As obras de construção do segundo restaurante da rede Bom Prato em Ribeirão Preto, próximo à Unidade Campus do Hospital das Clínicas, podem ser paralisadas, segundo depoimento de representantes da empresa responsável à Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara, presidida por Igor Oliveira (MDB).
A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira, 22 de março, e contou também com a presença de Jean Corauci. (PSB). Matheus Moreno (MDB) também faz parte da comissão. A Construsantos Comércio e Construção Civil, de Brodowski, é responsável pela obra do novo edifício. O Bom Prato do HC vai custar R$ 3.663.727,33.
Depoimentos
Quatro representantes da empresa participaram da reunião. De acordo com o engenheiro Ricardo Alexandre Silva, a Construsantos tem trabalhado no prejuízo. “Para concluir a obra, precisamos, hoje, de um aditivo de cerca de R$ 727 mil, referente ao aumento de insumos, principalmente o aço”, diz o funcionário da construtora.
“Se esse dinheiro entrasse até o início de abril, poderíamos entregar o empreendimento em setembro”, afirmou. O valor pedido pela empresa representa 19,8% do valor inicial da obra, de R$ 3.663.727,33. Se a prefeitura efetuar o aporte, subirá para R$ 4.390.727,33. O prazo original para entrega seria novembro de 2021.
Datas
Depois, a prefeitura anunciou que o espaço deveria atender já no primeiro trimestre de 2022, mas em 17 de fevereiro divulgou nova data: primeiro semestre. Ainda segundo a Construsantos, o pedido de aditamento foi feito duas vezes para o governo Duarte Nogueira (PSDB), porém, ambos foram negados.
Uma terceira solicitação teria sido enviada à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e aguarda resposta. O engenheiro responsável ainda relata que, no início da obra, 23 funcionários trabalhavam no local. Atualmente, são apenas quatro.
“A obra não parou em nenhum momento, mas, para que seja concluída, necessitamos desse aditivo. também enfrentamos outros problemas como as chuvas e que atrasaram o prazo final da entrega”. No próximo dia 29 de março a comissão vai ouvir a secretária municipal de Assistência Social, Renata Gregoldo Corrêa.
Nota da Semas
Procurada pelo Tribuna, a Secretaria de Assistência Social informa que “encontra-se em tratativas com a construtora e aguarda o parecer jurídico sobre o nome pedido de ajustes de preço, já que os outros dois pedidos foram negados com parecer jurídico da Procuradoria Geral do Município. Esclarece ainda que o pedido de reajuste por parte da empresa foi solicitado na segunda-feira, 21 de março de 2022”.
Local
A segunda unidade da rede Bom Prato em Ribeirão Preto está sendo construída na avenida Governador Lucas Nogueira Garcez nº 500, no bairro Cidade Universitária, na Zona Oeste, a 700 metros da Unidade Campus do HC. O último balanço, anunciado em 9 de dezembro pelo governo municipal, dizia que 70% das obras já haviam sido concluídas.
O restaurante contará com área total de 2.460 metros quadros, sendo 1.103 m² de área construída. O Bom Prato da rua Saldanha Marinho tem 410 metros quadrados, ou seja, a unidade na Zona Oeste será seis vezes maior – o restaurante do Centro também vai ganhar nova sede, muito maior.
A empresa vencedora recebeu oficialmente a ordem de serviço em 24 de fevereiro do ano passado. Pelo contrato, teria o prazo de nove meses para a conclusão das obras e, portanto, deveria ter sido concluída no final de novembro de 2021.
Produção
Depois de inaugurado, o Bom Prato do HC deverá servir 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados. O valor pago pelos usuários será de R$ 1 e as crianças até seis anos estarão isentas.
Também está previsto o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã de R$ 1,96. A diferença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das refeições será subsidiado pela esfera pública.
A unidade será operada pelo Instituto Protagonismo, em parceria no regime de mútua cooperação em interesse público e recíproco com a prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, e o governo de São Paulo, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Seds/Cosan).