A Comissão Especial de Estudos (CEE) do Bom Prato ouve nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, às 15 horas, o proprietário do imóvel escolhido pelo governo de São Paulo e pela prefeitura de Ribeirão Preto para ser a sede da segunda unidade do restaurante popular na cidade, na região do Hospital das Clínicas. O salão, anteriormente utilizado para festas e eventos, fica na rua Capitão Pereira Lago nº 1.605, no bairro Monte Alegre, na Zona Oeste, e desde que foi visitado pelo então secretário de Assistência Social, Floriano Pesaro, está inativo aguardando a reforma prometida.
A ideia da comissão é apurar como estão as negociações entre Estado, município e proprietário e se durante este período de espera está ocorrendo o pagamento do aluguel. “Nós precisamos ter certeza de que os cofres do município ou do Estado não estão sendo lesados. Para isso. temos que ouvir todas as partes”, afirma o presidente da CEE, Igor Oliveira (MDB). Segundo o parlamentar, quase doze meses se passaram desde a previsão inicial de inauguração estipulada pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e até o momento nenhuma reforma começou no local.
Na semana passada, ao lado do pai, o deputado Léo Oliveira (MDB), o vereador esteve em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, e cobrou do secretário -adjunto da Casa Civil, Antonio Carlos Rizeque Malufe, uma posição quanto à segunda unidade do Bom Prato em Ribeirão Preto. “As dúvidas são muitas e precisamos de uma resposta urgentemente. Houve a promessa e ela terá que ser cumprida. Esse é apenas o primeiro passo. Pretendemos ouvir todos os envolvidos e dar uma satisfação à população que precisa desse aparelho social”, finaliza.
Em 2017, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto atendeu mais de 700 mil pessoas. valor global para a execução da parceria é de R$ 3.429.007,87, dos quais R$ 2.376.162,00 correspondem a repasses da pasta (ou 69,3%), outros R$ 715.855,87 à contrapartida da prefeitura de Ribeirão Preto (20,9%) e R$ 336,99 mil de pagamentos realizados pelos usuários do programa (9,8%). De acordo com o edital, deverão ser fornecidos 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados.
O valor pago pelos usuários será de R$ 1 e as crianças até seis anos estarão isentas. Também está previsto o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã R$ 1,96. A diferença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das refeições será subsidiado pela esfera pública.
O Bom Prato do Centro, na rua Saldanha Marinho nº 765, serve diariamente 2.050 refeições, sendo 1.750 no almoço a R$ 1 e 300 no café da manhã, a R$ 0,50. A entidade responsável pela unidade é Associação Espírita Casas de Betânia. Desde sua inauguração, em novembro de 2005, o restaurante já atendeu mais de 4,6 milhões de pessoas. A rede de restaurantes serve diariamente mais de 100 mil refeições, entre almoço e café da manhã.
O almoço, com 1.200 calorias, feito de arroz, feijão, salada, legumes, farinha de mandioca, um tipo de carne, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época). Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição tem 400 calorias em média. O serviço foi implantado em todos os restaurantes do Estado em setembro de 2011. Desde a implantação do Programa Bom Prato, foram servidas quase 200 milhões de refeições.