Ao deixar o cargo de comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas fez um forte discurso político no qual disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) resgatou o Brasil das amarras ideológicas. Ele foi substituído por Edson Leal Pujol. A cerimônia de troca do comando ocorreu nesta sexta-feira (11), no Clube do Exército, em Brasília, com a presença do presidente.
Diante de Bolsonaro, Villas Bôas afirmou que o presidente “tirou o País da amarra ideológica que sequestrou o livre pensar” e “tirou o País do pensamento único e nefasto”. O militar também destacou que o Exército é “democrático, apartidário e integralmente dedicado à Nação”. Ao final, Villas Bôas foi aplaudido de pé e cumprimentado por Bolsonaro.
O comandante, que sofre de uma doença degenerativa e está em uma cadeira de rodas, fez apenas uma saudação com agradecimentos. Com dificuldade para falar, seu discurso de ordem do dia foi lido por um mestre de cerimônia. Apesar das críticas, Villas Bôas agradeceu à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ex-ministro Jaques Wagner por sua nomeação.
Também agradeceu ao ex-presidente Michel Temer (MDB) por tê-lo mantido no cargo e pela sua postura em relação à instituição. Já o novo comandante do Exército considera que os militares devem ficar fora da reforma da Previdência. Ele destacou que os militares não fazem parte do sistema previdenciário e possuem “situação diferenciada”, disse Pujol.