Tribuna Ribeirão
Política

Bolsonaro revoga decreto de armas e edita mais 3

O presidente Jair Bolsonaro revogou os decretos de armas que editou em maio para flexibi­lizar o posse e a porte de armas no País e decidiu enviar ao Con­gresso Nacional um projeto de lei para tratar de registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição e também sobre o Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Os atos estão formali­zados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) publi­cada nesta terça-feira, 25.

A decisão de Bolsonaro ocorre em meio à ameaça do Congresso Nacional de derru­bar os atos presidenciais sobre armas. O Senado já aprovou projetos que anulam os decretos de Bolsonaro e a Câmara pro­meteu que o tema será votado esta semana na Casa, que deverá seguir a mesma determinação dos senadores.

Mais cedo, o porta-voz da Presidência da República, Otá­vio Rêgo Barros, disse que o presidente Bolsonaro não iria revogar o decreto de armas con­testado no Congresso, e nem co­locaria “empecilho” para que os parlamentares votassem a ques­tão. “O governo não revogará, não colocará nenhum empeci­lho para que a votação ocorra no Congresso Nacional”, disse, ao ser questionado sobre a pos­sibilidade de o texto ser revoga­do para que fosse editado outro decreto específico para colecio­nadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs).

Nesta tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que o governo compre­endeu que o melhor caminho é encaminhar um projeto de lei sobre armas.

A edição extra do Diário Oficial traz três novos decretos sobre o tema. Um deles revoga os dois decretos editados por Bolsonaro. O primeiro decre­to, de 7 de maio, gerou muitas polêmicas ao facilitar o porte de armas de fogo não apenas os CACs e praças das Forças Armadas, como inicialmen­te proposto pelo governo, mas também para uma série de ou­tros profissionais, como cami­nhoneiros, políticos, advogados, residentes de área rural, profis­sionais da imprensa e políticos. Esse decreto também facilitou o porte de fuzis para cidadãos comuns e praticamente liberou a participação de crianças e ado­lescentes em aulas de tiro.

Semanas depois, no dia 21 de maio, Bolsonaro resolveu editar novos decretos com re­tificações no primeiro. Na oca­sião, o governo federal disse que alguns pontos do primeiro decreto, como a questão da libe­ração de fuzis, foram mudados a partir de questionamentos fei­tos perante o Poder Judiciário, no âmbito do Poder Legislativo e pela sociedade em geral.

Postagens relacionadas

PSDB retoma prévias com novo aplicativo

Redação 1

GCM recebe R$ 800 mil para comprar viaturas  

Redação 2

CPI das Ambulâncias – Vereadores visitam empresa contratada

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com