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Bolsonaro e Moro serão investigados em inquérito

José Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsona­ro e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro aparecem formal­mente como investigados no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) na se­gunda-feira, 27 de abril, pelo decano da Corte Suprema, ministro Celso de Mello. A informação consta no sistema processual do STF, atualizado nesta terça-feira (28), após a decisão do ministro.

O inquérito foi aberto para apurar as acusações de Moro contra Bolsonaro. O ex-minis­tro acusa o presidente da Re­pública de interferência políti­ca na Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. Segundo o pedido feito pelo procurador-geral da Repúbli­ca, Augusto Aras, o objetivo é analisar se foram cometidos vários crimes.

Estão na lista falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia admi­nistrativa, prevaricação, obs­trução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denun­ciação caluniosa e crime con­tra a honra.

Celso de Mello deu até 60 dias para que Moro seja ouvido pela Polícia Federal, conforme pedido pela Procuradoria­-Geral da República (PGR). Além de troca de mensa­gens, o ex-ministro da Justiça possui áudios que devem ser entregues aos investigadores.

A Justiça Federal deu pra­zo de 72 horas para que o go­verno esclareça a exoneração do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e a nomeação do substituto, Ale­xandre Ramagem. A decisão é do juiz Francisco Ribeiro, da 8ª Vara Federal de Brasília, e atende às ações populares protocoladas contra o ato de exoneração, entre elas do de­putado federal Aliel Machado (PSB-PR).

O presidente nomeou o ex-advogado-geral da União, André Mendonça, ministro da Justiça e Segurança Pública no lugar de Moro. A nomeação foi oficializada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça. José LKevi assumiu a Advoca­cia-Geral da União (AGU).

Coronavírus
O jornal O Estado de S. Paulo garantiu na Justiça Fede­ral o direito de obter os testes de covid-19 feitos pelo presi­dente Jair Bolsonaro. Por de­cisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, a União terá um prazo de 48 horas para fornecer “os laudos de todos os exames” feitos pelo presidente da Repú­blica para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus. Bolsonaro já disse que o resul­tado dos exames deu negativo, mas se recusou até hoje a di­vulgar os papéis.

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